BRISA ENTERNECEDORA

(para Nanci no seu aniversário)

Uma leve brisa, acaricia meu rosto

sofrido,

leva-me pelo caminho da liberdade,

em direcção ao rio, pleno de azuis.

Na orla é que me sento, observando

suas águas,

tão ou mais brilhantes do que as estrelas

refulgindo, quando é chegada a noite.

A lâmina da lua brilha no assentir dos espelhos,

fecho meus olhos

e retenho, dentro de mim, as cores

desgarradas, que o entardecer sói oferecer-me.

Sorriu para mim mesmo e acalmo as

distâncias,

que me levarão até ti, vendo-te dormir,

qual menina em paz, com sua infância.

Cai bruscamente a noite, detrás do horizonte

enternecedor,

e, a ilusão, traz-me de volta à realidade,

não sem antes te aconchegar e dar-te as boas-noites.

Soergo-me do entorpecimento e as águas

beijam meus pés

descalços, para assim sentir melhor a terra

e acolher teu corpo adormecido, que a brisa me trouxe.

Jorge Humberto

09/11/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/11/2010
Código do texto: T2605911
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