Para vovó
Era uma vez uma velhinha chamada Genú, Genuzinha para os íntimos. Mulher de fibra, de sangue alemão, gente boa, dura de pão, certa na lição.
Vivia na valsa, ia e vinha, na corda bamba da vida, e dançava, e resmungava, não era flor que se cheira-se.
Esta mulher, a quem me refiro muito me ensinou, e eu como bom aprendiz que sou, de tanto ver, experto fiquei, pois vejam que até dançar valsa sei.
Mas é dela que quero falar, e das coisas boas também gostava, pois adorava um bom prosar. Sentava-se na cadeira de balanço, aquela mesma que eu um dia quebrei, ui quase me entreguei! E muito dona de si, de livro na mão, recitava as mais belas poesias, e juntos repetíamos uma e duas e três vezes até aprender. Era boa a velhinha, minha vovó muy querida. Queria hoje eu tê-la aqui perto de mim. Mas um dia ela se foi, e com certeza muitas saudades deixou.
Oh! Que bom é lembrar as muitas gargalhadas que dei, ao seu lado sem parar, pois é riamos juntos nas quentes tardes de Salvador, - e que calor hein! Reclamava. É muita coisa pra lembrar, tantos risos, tantos momentos, uns bons outros nem tanto.
E era boa de cozinha a minha velhinha, pois muitos pratos sabia preparar, suculentos?
Nem tanto. Oh! Que saudade do ovo frito, daquele feijão gorgulhento.
Sábado, 22 de dezembro de 2007.
Allan Cal.
Era uma vez uma velhinha chamada Genú, Genuzinha para os íntimos. Mulher de fibra, de sangue alemão, gente boa, dura de pão, certa na lição.
Vivia na valsa, ia e vinha, na corda bamba da vida, e dançava, e resmungava, não era flor que se cheira-se.
Esta mulher, a quem me refiro muito me ensinou, e eu como bom aprendiz que sou, de tanto ver, experto fiquei, pois vejam que até dançar valsa sei.
Mas é dela que quero falar, e das coisas boas também gostava, pois adorava um bom prosar. Sentava-se na cadeira de balanço, aquela mesma que eu um dia quebrei, ui quase me entreguei! E muito dona de si, de livro na mão, recitava as mais belas poesias, e juntos repetíamos uma e duas e três vezes até aprender. Era boa a velhinha, minha vovó muy querida. Queria hoje eu tê-la aqui perto de mim. Mas um dia ela se foi, e com certeza muitas saudades deixou.
Oh! Que bom é lembrar as muitas gargalhadas que dei, ao seu lado sem parar, pois é riamos juntos nas quentes tardes de Salvador, - e que calor hein! Reclamava. É muita coisa pra lembrar, tantos risos, tantos momentos, uns bons outros nem tanto.
E era boa de cozinha a minha velhinha, pois muitos pratos sabia preparar, suculentos?
Nem tanto. Oh! Que saudade do ovo frito, daquele feijão gorgulhento.
Sábado, 22 de dezembro de 2007.
Allan Cal.