TERRA DOS ARAÇÁS

Em princípio: as matas virgens, as colinas verdejantes,

habitat de acrobáticos pássaros multicores e das tribos

Caingangues em passos errantes.

No fluir da natureza em seu rito gradual de constante transmutação,

este esplendente rincão também se modificou.

Surgiram os homens brancos, as plantações cafeeiras

e o desbravamento começou.

Com labor e sacrifício, muita luta e heroísmo,

a estaçãozinha de trens logo se edificou, com ela,

os primeiros sinais do progresso que se alojou.

Líder grandiloquente da região noroeste do Estado

de São Paulo, ostentou a magnitude de tornar-se

ponto de concentração da tropa noroestina do

Movimento Constitucionalista.

A imprescindível Corporação de Bombeiros

- primeira no Estado - formada por voluntários, desfilava

em saudosos tempos a magnitude de sua florescência:

orgulho de nossa gente!

Predestinada ao seu garbo paradisíaco, liderou com galhardia

a plantação nacional algodoeira, formando brancos mares em

vastos campos arvenses.

Em nova fase econômica, ostentando seus dotes marcantes de

versatilidade, insurgiram em seu leito aquiescente, as plantações

canavieiras e a pecuária alvissareira.

Para nosso gáudio ainda vemos em meio a edifícios gigantes,

arquiteturas modernas e palacetes: coqueirais, plantas antigas

esvoaçando-se exuberantes.

Salve Araçatuba! Doce fonte frutífera de saborosos araçás:

frutas das plantas mirtáceas, genuínas da América, tendo originado daí,

a sugestão do seu nome e o histórico cognome “Terra Dos Araçás".

Suas denominações são justas: “Terra do Boi Gordo”, “Cidade indicada

para grandes investimentos”.

Traz em seu bojo também o mérito do cognome “Cidade do Asfalto”,

pois fora pioneira em todo o interior paulista, a usufruir

desse benefício indispensável e ornamental.

Quanta saudade arraigada de seus límpidos riachos,

dos pássaros e frutas assaz...

Lembranças, doces lembranças do desabrochar de araçás.

Bravos, valentes fundadores de ontem...

Não menos bravos seus munícipes de hoje: laço uníssono

e legado de nobreza a trazer, do progresso, suas vertentes e proezas.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 27/11/2008
Reeditado em 27/09/2024
Código do texto: T1306686
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