DESCANSA EM PAZ MÃE WILMA

Partiste! num golpe de asas tranquilo.

Ah, quem dera, ir contigo e ver, o que só

agora, teus olhos, podem vislumbrar!

Porém, minhas janelas, estarão sempre

abertas, para repousares teu descanso,

quando me achares digno, de tua visita.

Minha mais doce, avezinha, presa

ao destino, de uma cruel fatalidade,

chegou enfim o dia, em que não

mais resististe, ao apelo dos céus…

E buscando o azul celeste, lá puseste

o teu mais lindo sorriso, para agrado dos

teus, na mais infinita entrega,

que só o amor pode desvendar,

em toda a sua decência e verticalidade.

E inda mal o sol raiava e já decidido havias,

outros mundos buscar – bem sabias tu, que

te esperavam.

E se aqui semeaste e do semeio, brotaram as

mais lindas flores, que soubeste cuidar,

eis a tua memória duradoira,

que teus filhos preservarão,

pois quem amou, amada será.

Voa, minha querida, a paz é contigo!

e se hoje todos choram, o céu que buscaste,

deixando para trás, esta vida terrena,

é porque assim encontraram, a certeza,

de que todas as manhãs, teu canto ouvirão,

no cimo da árvore, que tu mesmo plantaste.

Voa… voa… ó graça, de todas as aves!

que todos nós seremos contigo.

Jorge Humberto

22/08/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/08/2008
Código do texto: T1142161
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.