Quentinhos da Roça

Lenha crepitando;

Fumacinha na chaminé.

Pelos ambientes da casa,

Cheiro de café.

Roda d'água girando;

Energia transformando;

As plantas molhando.

Com seu andado de pata choca,

Óculos caídos no nariz;

Ralhando com o vento;

Vêm vovó toda feliz!

À tarde na varanda,

Reuniam poesia em prosa.

Descrevendo os traços da menina Vanda,

Revoada de pássaros, pomares,

Hortaliças, flores e Rosas.

Carro de boi atolado;

Abandono do vovô, do filho, do neto, do dono;

Capim assentando.

A roça da vovó,

Atrás das colinas,

Para onde se ía,

Corta volta longe dos arranha-céu da cidade!

Divindade

Enamorada pela estrela Dalva,

A lua brilha radiante no alto.

Das folhagens, formando paisagens sombreadas nos baixios;

Banhando de luz os cocorutos dos montes.

P.S: curiosos e bisbilhoteiros como poucos, a Lua e os tijolos das construções guardam coisas consigo, que o praticante do ato finge não ser ele o artesão da obra de arte.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 12/08/2019
Reeditado em 14/08/2019
Código do texto: T6718230
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