Quentinhos da Roça
Lenha crepitando;
Fumacinha na chaminé.
Pelos ambientes da casa,
Cheiro de café.
Roda d'água girando;
Energia transformando;
As plantas molhando.
Com seu andado de pata choca,
Óculos caídos no nariz;
Ralhando com o vento;
Vêm vovó toda feliz!
À tarde na varanda,
Reuniam poesia em prosa.
Descrevendo os traços da menina Vanda,
Revoada de pássaros, pomares,
Hortaliças, flores e Rosas.
Carro de boi atolado;
Abandono do vovô, do filho, do neto, do dono;
Capim assentando.
A roça da vovó,
Atrás das colinas,
Para onde se ía,
Corta volta longe dos arranha-céu da cidade!
Divindade
Enamorada pela estrela Dalva,
A lua brilha radiante no alto.
Das folhagens, formando paisagens sombreadas nos baixios;
Banhando de luz os cocorutos dos montes.
P.S: curiosos e bisbilhoteiros como poucos, a Lua e os tijolos das construções guardam coisas consigo, que o praticante do ato finge não ser ele o artesão da obra de arte.