No Sumo há Sumo

Não estudei:

Não estudei porque sabia que eu encheria páginas e páginas de cadernos,

intelectual seria;

Livros às bateladas nas prateleiras de minha casa,

Monteiro Lobato, O mundo de Sofia, Clarice Lispector, Einstein, O Solista, Maquiavel, Tim Maia, Raul Seixas, As viagens de Guliver, Longe é um lugar não existe, Tarantino, Rousseau, Dom Quixote, Jorge Amado, Saint Exupery, O futuro da ciência, Viagem ao centro da Terra, Noan Gordon, Bacon, Fernão Capelo gaivota, O homem que calculava, O futuro da humanidade, Ken Follet, A menina que roubava livros, Meu pé de laranja lima e tantos mais,

Oh, coisa linda para os amigos e familiares ver,

Diplomas e títulos nas paredes do consultório,

Os quais, quando precisasse,

E o Corona chegasse,

Nada resolveria.

Sumido em quaretena de 15 dias,

Alienei-me,

A ponto de coisa alguma saber.

E se porventura quem ler este estiver Sumido como Eu, assumo que há sumo e ardência no sumo do ar que meus pulmões respiram, constante manutenção, da vida que consumo!

Aprendi isso não nos livros, mas vivendo as agruras da Inteligência Intuitiva do isolamento. Aliás, permita-me de longe saber: seus dias estão sendo amargos feito fel, ou doces como mel?

Sobretudo, a sabedoria nasceu, cresceu e reside nos movimentos de braços e pernas, não menos, na curiosidade e percepção dos olhos e mente.

Parado é que não dá pra ficar...; então, breve e bom regresso à vida!

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 29/03/2020
Reeditado em 29/03/2020
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