Uso da crase
Não sou professor de português mas, sempre primei pelo uso correto da língua pátria. Não vou dizer que também não cometo meus erros. Isso é normal, embora não desejável. Procuro, porém, escrever com esmero embora, algumas vezes, escapem algumas falhas que cometo. Algumas por desconhecimento mesmo, outras por distração e, outras ainda por erros de digitação. Há ainda aquelas que cometo por falha do sistema operacional. Há uma amaldiçoada correção automática que transforma as palavras que digitamos corretamente em alguma aberração incorreta. E quando não se tem tempo de reler o que foi escrito, fica aquela aberração que não fomos nós que escrevemos e sim, o maldito sistema operacional de correção automática.
Mas, respondendo a uma pergunta que surge sempre: Como escrever corretamente? A principal tarefa para obter tal intento é ler. Ler muito! Livros de qualidade. Não alguns que tem sido lançados por aí, recheados de falhas linguísticas, que só farão o leitor desaprender cada vez mais.
Jornais e gibis também não são uma boa prática de leitura. O primeiro porque, quase sempre, também vem carregado de erros de todo tipo. Muitas vezes, até em manchetes! O outro, é uma leitura pueril, de pouco conteúdo e de linguagem rasteira, que nunca fará o leitor aproveitar muita coisa.
Embora eu tenha sido professor de Física, sempre chamei a atenção dos alunos quanto ao uso correto daquilo que escreviam. E nas provas que corrigia, sempre fazia observações quando alguém escrevia alguma palavra incorretamente.
Hoje quero falar sobre o uso da crase. Sei que é uma coisa muitas vezes difícil de aprender. Não custa muito, porém.
A primeira e mais importante regra sobre crase é que, sendo a crase a fusão de um artigo e uma preposição (a + a = à ou a+ as = às) , nunca poderá haver uma crase antes de uma palavra masculina.
Por quê? Fácil resposta.
Porque não se coloca artigo feminino antes de um substantivo masculino. “o cadeira”, por exemplo.
Jamais você verá uma crase como a que foi posta na manchete a seguir pela Folha on line e que logo foi corrigida.
" Bovespa resiste à discurso de Bernanke e fecha em alta de 0,94%"
1. “A medicina, a astrologia, a filosofia, a cultura coletiva, à educação, a igualdade, o respeito à vida, a dignidade da pessoa humana, a verdade, tudo isso estaria melhor aperfeiçoado numa grande aldeia global.” Acima, antes de educação não há crase. Antes de vida, a crase está corretamente empregada.
2. “ Princípios inerentes a educação.” Aqui a crase é exigida antes de educação.
Por quê? Antes de vida, acima, é exigida a crase pois, vida é um substantivo feminino e a palavra respeito exige como complemento uma preposição “a”. Para descobrir se deve ou não empregar a crase há uma regrinha simples: substitua a palavra depois da crase por um substantivo masculino. Se a frase necessitar de substituir o ‘a” por “ao” é porque deve-se empregar a crase. Caso contrário, NÃO TEM CRASE.
Exemplificando: se em vez de vida, substituíssemos a palavra por amor, que é um substantivo masculino. Ficaria “respeito ao amor”. Então, antes de vida na frase, deve-se empregar a crase.
E por que, antes da palavra educação na frase 1 não se deve colocar a crase? Simples. Naquela frase, antes de educação só há o artigo “a”. Não há preposição. Como descobrir? Fazendo o mesmo artificio acima. Substitua a palavra educação por uma palavra masculina, conhecimento, por exemplo.
Alguém acha que deveria ficar “(...) a cultura coletiva, ao conhecimento, a igualdade, o respeito à vida, a dignidade da pessoa humana (...)” ?
Claro que não! A frase correta seria “(...) a cultura coletiva, o conhecimento, a igualdade, o respeito à vida, a dignidade da pessoa humana (...)” (sem a preposição.
Recomendação:
Leia no artigo a seguir as situações em que é proibido o uso da crase.
Não sou professor de português mas, sempre primei pelo uso correto da língua pátria. Não vou dizer que também não cometo meus erros. Isso é normal, embora não desejável. Procuro, porém, escrever com esmero embora, algumas vezes, escapem algumas falhas que cometo. Algumas por desconhecimento mesmo, outras por distração e, outras ainda por erros de digitação. Há ainda aquelas que cometo por falha do sistema operacional. Há uma amaldiçoada correção automática que transforma as palavras que digitamos corretamente em alguma aberração incorreta. E quando não se tem tempo de reler o que foi escrito, fica aquela aberração que não fomos nós que escrevemos e sim, o maldito sistema operacional de correção automática.
Mas, respondendo a uma pergunta que surge sempre: Como escrever corretamente? A principal tarefa para obter tal intento é ler. Ler muito! Livros de qualidade. Não alguns que tem sido lançados por aí, recheados de falhas linguísticas, que só farão o leitor desaprender cada vez mais.
Jornais e gibis também não são uma boa prática de leitura. O primeiro porque, quase sempre, também vem carregado de erros de todo tipo. Muitas vezes, até em manchetes! O outro, é uma leitura pueril, de pouco conteúdo e de linguagem rasteira, que nunca fará o leitor aproveitar muita coisa.
Embora eu tenha sido professor de Física, sempre chamei a atenção dos alunos quanto ao uso correto daquilo que escreviam. E nas provas que corrigia, sempre fazia observações quando alguém escrevia alguma palavra incorretamente.
Hoje quero falar sobre o uso da crase. Sei que é uma coisa muitas vezes difícil de aprender. Não custa muito, porém.
A primeira e mais importante regra sobre crase é que, sendo a crase a fusão de um artigo e uma preposição (a + a = à ou a+ as = às) , nunca poderá haver uma crase antes de uma palavra masculina.
Por quê? Fácil resposta.
Porque não se coloca artigo feminino antes de um substantivo masculino. “o cadeira”, por exemplo.
Jamais você verá uma crase como a que foi posta na manchete a seguir pela Folha on line e que logo foi corrigida.
" Bovespa resiste à discurso de Bernanke e fecha em alta de 0,94%"
1. “A medicina, a astrologia, a filosofia, a cultura coletiva, à educação, a igualdade, o respeito à vida, a dignidade da pessoa humana, a verdade, tudo isso estaria melhor aperfeiçoado numa grande aldeia global.” Acima, antes de educação não há crase. Antes de vida, a crase está corretamente empregada.
2. “ Princípios inerentes a educação.” Aqui a crase é exigida antes de educação.
Por quê? Antes de vida, acima, é exigida a crase pois, vida é um substantivo feminino e a palavra respeito exige como complemento uma preposição “a”. Para descobrir se deve ou não empregar a crase há uma regrinha simples: substitua a palavra depois da crase por um substantivo masculino. Se a frase necessitar de substituir o ‘a” por “ao” é porque deve-se empregar a crase. Caso contrário, NÃO TEM CRASE.
Exemplificando: se em vez de vida, substituíssemos a palavra por amor, que é um substantivo masculino. Ficaria “respeito ao amor”. Então, antes de vida na frase, deve-se empregar a crase.
E por que, antes da palavra educação na frase 1 não se deve colocar a crase? Simples. Naquela frase, antes de educação só há o artigo “a”. Não há preposição. Como descobrir? Fazendo o mesmo artificio acima. Substitua a palavra educação por uma palavra masculina, conhecimento, por exemplo.
Alguém acha que deveria ficar “(...) a cultura coletiva, ao conhecimento, a igualdade, o respeito à vida, a dignidade da pessoa humana (...)” ?
Claro que não! A frase correta seria “(...) a cultura coletiva, o conhecimento, a igualdade, o respeito à vida, a dignidade da pessoa humana (...)” (sem a preposição.
Recomendação:
Leia no artigo a seguir as situações em que é proibido o uso da crase.