Sentença

Sr. Cartorário,

Agradeceria muito,

se no meu histórico fosse anotado somente as boas obras realizadas por mim.

Enquanto pensam que estão evoluindo, estão retrocedendo e os efeitos maléficos da pseudo-evolução, aparecendo.

Chuva inspiradora:

A chuva inspirou Raul Seixas em, ao menos, duas letras de música. Em uma delas, o baiano arretado

cantou: "Eu perdi o meu medo,

O meu medo da chuva;

Pois a chuva voltando prá Terra,

Traz coisas do ar..."

Em outra, Ele diz: "mas a chuva é minha amiga,

e não vai me resfriar..."

E se o canto de Raul ecoava longe, prá lá dos cafundós do Recôncavo, na terra alagada de Marco Polo, na qual levantou uma cidadela sobre as águas do Mar Mediterrâneo, quem dança sob a chuva nas ruas estreitas, nos becos e labirintos da cidade, são as sombrinhas e os guarda-chuvas.

O belo espetáculo andante não resfria, não gripa, não desanima ninguém; ao contrário, dispensando o sonolento passeio de gôndola, até as crianças saem às ruas para acompanhar o desfile aéreo.

Determinação e coragem: taí a explicação por que determinados povos embrenharam Planeta agora, dividindo e conquistando territórios e o mais admirável: batalham para manter cativo o conquistado.

Explorar, para não ser explorado: eis o aforismo que conduz, eleva, e é motivo de honra desses povos.

No Brasil tivemos um ou outro explorador, porém, uma andorinha sozinha, não tem asas suficientes para circular por todo território.

Com efeito, passa ter medo dos fenômenos da Natureza e qualquer ameaça de chuva, acabrunha-se em qualquer galho; e de exploradora, volta à condição de explorada.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 03/04/2024
Reeditado em 20/05/2024
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