Fome de Quê?
A fome é inimiga mortal da força.
Amicíssima da forca.
Seo moço Eu venho de longe,
Não sei aonde vou chegar,
Não tenho medo de seguir,
Mas morro de medo de voltar.
Conhecer o que não se conhece. Sim, conhecer o que não se conhece, pois o conhecido, via de regra, não mete medo. Foi o que fiz: tafuiei a cara no desconhecido, cuja finalidade, era conhecer o que não Eu conhecia.
Cheguei em São Paulo, uma imensidão de cidade. Capital selvática, na qual, desfilam tremendos felinos perigosos. Suas presas saltam das bocas, causando pavor em quem as vê. Por outro lado, a Capital também é possuída por gente de todas as formas, estilos e cores. Embora raro, em alguma parte dela, encontram-se sorrisos. E se vasculhar com olhos de lince, flores. A bela gentileza proporcionada pela Natureza, brota até no concreto.
O dia estava nublado. Nas ruas, rumores de frio nada favoráveis ao bom humor; pois 20° incomodam muita gente, 15° C, incomodam muito mais. Embora que, segundo os destemidos desbravadores do passado, essas temperaturas são altas, quando comparadas aos tempos de garoa. Garoa fina com ventos uivantes, eram sinais de ossos adormecidos e pontas de narizes e orelhas avermelhadas.
Um emaranhado de vias cortam-a, aos quatros cantos. Por cima, por baixo, pelos lados, por dentro da terra, carros, motos, trens, casas e sirenes demarcam território. Milimetricamente; ou palmo a palmo, não há um centímetro que não tenho dono.
Sabendo-se, então, que retalharam o espaço urbano em todos os sentidos e alturas, quem são os posseiros das partes baixas? Garantidamente, Eu não sou um dos proprietários.
Pode ser engano, meu, mas por trás dos fetiches, das fantasias e aparências, existe uma ruma de verdades e fatos não revelados.
Pode-se explicar conteúdos densos e longos, para ouvintes interessados em fazer uso deles em sua vida, não para os imediatistas da moda.