Fim da Barganha
No reino animal, fora os animais desmiolados, existem os animais razoáveis, os ruins, os piores e os imprestáveis; e esses sobrepõem a cadeia.
No sistema capitalista, ninguém investe para empatar: couro por couro; e se não for mediado pelo perfume, que é o parâmetro de mais valia, suor por suor.
Celebrando a manhã de hoje com Zé Ramalho
Ao ouvir a rude canção perolada Segunda-feira cinzenta,
minha mente rodopia;
Um carrossel de fogo levanta-se das profundezas abissais;
Queima, impiedosamente, as rebarbas de uma lua desfacelada,
Gerando o enfurecimento do Nirvana.
Estrelas não existem mais nessa
Maldita noite que engalfinhei em lençóis transparentes,
Com nua serpente,
Lasciva Sofia.
Forças ocultas digladiam,
Arrancam tuchos de cabelos,
Forjam bigornas,
Navios piratas soçobram,
Sem alma,
Sensibilidade,
Sem coração,
Sinais apocalípticos rondam os homens,
Sem redenção.
Agonizante respiração,
Derradeiro suspiro,
Valha-nos Poseidon,
Antes que as águas dos mares engulam a Terra,
Enviando-nos à extinção!