Quimera

A ofuscada luminosidade do dia, gargalha estrondosamente dos raios de sol que não conseguem perspassar a enfumaçada neblina que emerge do sopé do alcantilado; fenômeno matutino que mantém o Dragão Minduim preguiçoso e indolente, em seu leito.

Minduim, entre um bocejo e outro, entre uma pensamento lúcido e outro que não fecha o circuito e acende a lâmpada apagada da imaginaçãi, sem ter o que fazer, canta a celebração:

Dia raiando,

Passarada assanhada,

Colinas verdes suspirando.

É a mata tropical,

Sequestrando carbono,

Limpando o entorno,

Mantendo a umidade,

Produzindo água,

Escondendo mistérios,

Fumacê nos penhascos,

Levantando.

Águas borbulhantes

Ventania farfalhante,

Folhagens saudando a quimera;

Com sua permissão,

Dançando a valsa Felicidade,

O alto me espera.

Um passo pra cima,

Dois também,

Para lá Eu irei...;

Porque Ela;

Ela é alta,

Ativa,

Mágica montanha,

Altiva dona das alturas.

Epa,

O que é isso, aí!

Escorregando em terreno relvado,

E segurando nos cipós musgados,

Quem quer subir,

Não pode as asas o gato comer;

Peteca cair.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 11/05/2021
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T7252998
Classificação de conteúdo: seguro