Quimera
A ofuscada luminosidade do dia, gargalha estrondosamente dos raios de sol que não conseguem perspassar a enfumaçada neblina que emerge do sopé do alcantilado; fenômeno matutino que mantém o Dragão Minduim preguiçoso e indolente, em seu leito.
Minduim, entre um bocejo e outro, entre uma pensamento lúcido e outro que não fecha o circuito e acende a lâmpada apagada da imaginaçãi, sem ter o que fazer, canta a celebração:
Dia raiando,
Passarada assanhada,
Colinas verdes suspirando.
É a mata tropical,
Sequestrando carbono,
Limpando o entorno,
Mantendo a umidade,
Produzindo água,
Escondendo mistérios,
Fumacê nos penhascos,
Levantando.
Águas borbulhantes
Ventania farfalhante,
Folhagens saudando a quimera;
Com sua permissão,
Dançando a valsa Felicidade,
O alto me espera.
Um passo pra cima,
Dois também,
Para lá Eu irei...;
Porque Ela;
Ela é alta,
Ativa,
Mágica montanha,
Altiva dona das alturas.
Epa,
O que é isso, aí!
Escorregando em terreno relvado,
E segurando nos cipós musgados,
Quem quer subir,
Não pode as asas o gato comer;
Peteca cair.