Geração Corona

É nessa hora que valorizam, carregam no colo, dizem que são seus amores, bajulam os idosos, avós e bisávos, ou pagadores das faturas mensais; sobretudo, são aposentados diabéticos e depressivos, pagadores das faturas mensais dos perdulários que possuem debaixo de seu teto.

Aos poucos, devagar, devagarinho, como canta Zeca Pagodinho, lentamente, cozido em chamas brandas, a geração Corona vai temperando e roendo o esfarinhado tutano dos bondosos, ingênuos e cegos velhinhos.

Gente, chamado pais, sempre formou e ensinou o educando / parasita futuro, predador de seus professores.

E perpetuando a espécie, seguem empurrando os carrinhos, meio de transporte da felicidade e pobreza coletiva.

N.A: guarde o bom Velhino na canastrinha, trancada à sete chavonas, senão, para o Covid, vosmecê perde a boquinha. Ai, o filhão também fará parte da lista dos desaparecidos.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 20/03/2020
Reeditado em 20/03/2020
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