Ao Botar as mãos...
"É lamentável, nojento, humilhante, aceitar que essa infâmia de gente pertence à minha espécie".
Foi que disse o gari, ao tapar as fossas nasais e botar as mãos nos cacos de vidros, no chorume da Merda ensacada, agora à pouco.
Só o gari e o médico / açougueiro, profissional especializado em limpar tripas e restituir vidas, conhece e reconhece a essência, ou a merda humana.
Para saber se a empregada doméstica vale o quanto economiza, faça um teste pondo-a para lavar a calçada. Se for daquelas que varre o cisco com a mangueira hidráulica, sem o menor sentimento pelo ouro líquido da vida, que é um bem comum, um bom e fortuito pontapé no rabo lhe ensinará pensar a sustentabilidade de seus netos amanhã. Faça o teste, a sua sede lhe agradecerá.
A mesma estratégia é válida para os irresponsáveis lavadores de carros, cães e gatos.
Vale ( do rio doce) também para as mamães, papais, abastados, ativistas e toda cia de perdulários e fantasiosos, enrustidos na hipocrisia contida na poesia discursiva, os quais estão na contagem dos que batem no peito e diz: "sou eu que pago, gasto e desperdiço o quanto quero".
Os meus netos não estão sendo ensinados, como os avós e pais ensinam por aí; portanto, não devem pagar o preço cobrado por um copo de água no futuro.
A sede, que é infinitamente superior a fome, ainda matará e criará guerra.