Coroa

Sem a funilaria maquiadora do tapa-buracos, sou outro rosto, irreconhecivelmente, outro rosto; aliás nem considero-me rosto, sou uma cara bizarra, plenamente deformada pelos vincos.

(m)Ares

Pombos arrulham,

Gaivotas mergulham,

Em águas que marulham.

Consumo Supérfluo

Com o frio intenso, totalizando uma inteira, botei 2 meias em minha mulher na madrugada; e comprei cuecas novas para agasalhar o Piu piu.

O infeliz morre de medo do Frajola.

Consagração pelo Uso

Consagrado pelo constante e pertinente uso, no Brasil o errado é o certo assinado em lei.

A Morte é íntima da Vida; mas a Vida faz que não a conhece, vira a costa para a Morte.

Sobre a vida, cada um que cuide da sua; todavia sobre a implacável morte, morre-se uma única vez.

Eu não tinha o que dizer, aí eu disse:" acho que vai chover; o que a senhora acha? Está escurecendo".

Ao que a pessoa concordou com minha tese metereológica; e completou"

- também acho. Trouxe até GPS, menos sombrinha. O que mais me irrita, senhor, é saber que irá molhar meus cabelos espichados à chapinha. Quando isso ocorre, me transformo numa sarará de cabelos arrepiados!"

Diálogo nesse teor, sem pé e sem mente, são desabafos emotivos que consagram. Amém!

Série "Nada diz, quem nada tem a dizer". O mesmo vale para o escritor, ou seja, nada escreve, o escritor que nada tem de reflexivo e pertinente a escrever.

A inutilidade parasitária é consagrada pelo uso; e assinada como lei maior por pais e mães; enfim, assinada pela família.

Ledo Engano

O que conforta na velhice, são os netos; e a sensação motivacional que todo ato é movido pela razão.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 26/07/2019
Reeditado em 07/08/2019
Código do texto: T6704783
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