Meu Erro

Eu queria ser poeta e escrever poesias, daquelas que alegram corações, alargam os braços em demorados abraços, renovam emoções; e ao serem lidas, todo mundo comenta e parabeniza o escritor; mas eis aqui uma Pena ácida de palavras, rude de ideias, flecha da verdade, agressiva com as impurezas e adulterações, correnteza que arrasta o amor para longe das encostas, adaga afiada e cortante na jugular, daquelas que põe osso buco esmigalhado e sentimento profundo, em tudo.

Entendo, os humanos terráqueos não permitem a infiltração de marcianos vindos de outros Planetas, em suas raízes poéticas, originalmente, intocadas.

Uma vez que escrevo certo por linhas tortas, não recomendo minhas poesias à ninguém; afinal, sem pena, não sou Pena, apenas poema da verdade contido na não omissão. Sórdido Poema que não cozido, formado, misturado e educado na hipocrisia.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 13/04/2019
Reeditado em 13/04/2019
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