RELÍQUIAS
Há certas teorias, ensinamentos, teses humanistas e conceitos programáticos impostos pela sociedade que por mais que eu tente acomodá-las nas prateleiras, o meu museu recusa a aceitá-las. Este ambiente de relíquias amorfas é como os meus espelhos cristalinos: mesmo que evidencie a imagem, importam-se é com o não visto.
Estranho a rejeição e seleção natural desses objetos; mas tenho que aceitar. Quem sou eu para ignorar quem está além das fúteis superficialidades! Pelo visto, deve-se prevalecer o que foi dito em certa ocasião pelo espelho: “as relíquias que estão tentando aprender a preservar, eu e as prateleiras de vosso museu, dispensamos”.
Assim começou a insatisfação e rebelião da liberdade intelectual e cultural dentro do espaço interno que não pertence a mim; mas aos que lá estão e adentram, que não podem de jeito nenhum, ser qualquer um.