SER E TER
 
                    São duas palavras manifestamente antagônicas.
                    Ser Indica diretamente o que e quem é um cidadão de bem na concepção geral ou coletiva da palavra.
                    Ter é um verbo que a maioria dos homens gostaria de recitar no presente do indicativo, qual seja: Eu tenho.
                    O problema é que pouquíssimas pessoas conseguem administrar o conflito dos dois termos, uma vez que aqueles que têm muito querem ser o que não são e os pobres que nada ou quase nada tem lutam desesperadamente para ter.
                    Muitas vezes deixando de lado a honradez e o próprio caráter. Como dizem os mais velhos, trocando os pés pelas mãos.
                    Na realidade isso tem outro nome: “inveja ou cobiça”. Ou orgulho.
                   Parece-me assim que nós humanos não temos condições de conviver com os dois termos concomitante e harmoniosamente, salvo em algumas poucas exceções.           
                    A nossa preferência pende mais para o verbo ter do que o substantivo ser. O que é muitíssimo lamentável.