O SER COMO COISA
O ser é uma coisa, e é tão apenas sendo que se presta razão à inexistência. Como quem possui a ausência do acabamento e refrata-se nos somentes (sementes?). O resto de um estado novo é a impossibilidade - a outra parte do antigo que sou.
Há uma falta que cabe dupla em meu peito: a densidade e o preenchimento. Quando, sendo coisa, me encontro, sou apenas imagem. Nada tenho a observar. Nem a ser observação.
Este cais é um pretexto vencido em minha definitiva esperança. Ponho-me como guarda das aparências. Lendo o hoje e aceitando o amanhã como as suas vírgulas reais...