O SER COMO COISA

O ser é uma coisa, e é tão apenas sendo que se presta razão à inexistência. Como quem possui a ausência do acabamento e refrata-se nos somentes (sementes?). O resto de um estado novo é a impossibilidade - a outra parte do antigo que sou.

Há uma falta que cabe dupla em meu peito: a densidade e o preenchimento. Quando, sendo coisa, me encontro, sou apenas imagem. Nada tenho a observar. Nem a ser observação.

Este cais é um pretexto vencido em minha definitiva esperança. Ponho-me como guarda das aparências. Lendo o hoje e aceitando o amanhã como as suas vírgulas reais...

Wilder F Santana
Enviado por Wilder F Santana em 25/08/2011
Código do texto: T3182186
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