COMO MORRER E MURCHAR
Como morrer. Esse amanhã que se definha diante de meus olhos é astronave em mim: lâmpada de emergências. É como um segredo que guarda meu ontem, em que neles aconteço a cada segundo que me joga para o futuro. Azul criança: mistério.
Como murchar é esse tempo desafinado, um castelo diminuto, ostras em estruturas tônicas. Forte, meu braço defende a residência que sou, e meus anseios gritam pelo depois. Sou permanente, assim como era o gelo dos teus ossos, paixão, erguida em terreno recessivo, próxima a vias de alma e chuva.
Como falecer e registrar esse coração que bate palmas para as forças inimigas: distância e saudade. Um castelo pequeno sou eu, e como morrer agora, esse pergaminho de dissoluções se desfaz na sapiência de minha fraqueza. Na cor da coragem que, sem cor, recebe minha memória.