INSÔNIA QUE SE DEVORA
Insônia. O estrago de meu selo, a dor do quase-eterno. Finda, estranha, e nem o acabamento a reconhece.
Os olhos, agredidos pela vermelhidão das estações, cobrem-se de letras: espectro. É momento em que não tenho cama, calma, colchão. Eles me têm, porém, me rejeitam. Leite que se bebe diário. Insônia que se devora noturna.