A NOITE
A noite, saudável em ser alimento dos detalhes, consiste na errância do vazio. Não como arte que completa, nem como a piedade, que fora tida como reverência. Não. Em seis pétalas a noite se distribui, magnânima e dançante, no breu eterno da solidão. Só, em sopro, em tolos frutos vai cheirosa, dançarina, na magia de ser entranha e imagem. E se no mistério das luzes chorar a noite, digam-na que seus olhos residem na madrugada, a loucura que a conforta são os esconderijos humanos.