A MEMÓRIA DA CLARIDADE

Talvez, às três da manhã - este é um fascinante representante de emoções - eu deixe de ser quem sou. Não irei tomar banho, pois a lápide de minha pele cristaliza com as águas noturnas. Cada vez mais gentil a dor da coragem suprime meus membros, sou arrastado em ondas de aparência. Talvez eu salte da cama como quem quer ser super-herói e debata com um rosto estragado ao chão. Essencialmente é necessário acordar. Deixar de ser coroa comprada. Luz, tu luz, que tanto representaste a aurora das manhãs, onde estás? Unidade, som, querer. Caso esqueça que sou tão humanamente vital, entrarei no submundo das armadilhas, e em ilhas carnais gritarei três vezes na memória da claridade que ela é necessitada...

Wilder F Santana
Enviado por Wilder F Santana em 09/07/2011
Reeditado em 09/07/2011
Código do texto: T3085660
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