UM CORAÇÃO A CONSAGRAR-SE
Entre as esferas continuadas deste refúgio, acalantado em riscos, rasgões e assombros, o coração transmuta-se em cinco vasos de ouro. são as cinco estrelas do oriente? É o pentágono? Em verdade somos consolados pela flor que completa os quadros da humanidade. Lados libertários, coração e colírio.
A noite acaba-se, então, dentro de nós, como órgão muscular e doloroso. O sangue circula, os atos não restringem-se ao corpóreo. Ocorre nos anelídeos, nos cordados, e no ventrículo que impossibilita a aparição das artérias: mãos humanas que trabalham, casam, afagam e escorrem.
Mistura de sangue venoso com o arterial, dividindo o coração em duas cavidades, as chamas de um drinque e valsas. É pelo azul que há em minha imagem que defino o céu como sistema cardiolírico. Átrio efêmero, pois é através do amor que consagro meu coração.