EU ESPERO, EU SOU
Espero. Sou o anúncio do vinho que bebes (e que sois). Entro e calo, ainda que eu seja a porta conservadora de Harpas celestiais. Os sons, seus tabus excitam e se estouram a cada tentativa de espera. Dizem ainda que sou arquipélago, e que, na verdade, reúno enganos. Mas sou mais que isso, sou as ondas que impediram o Herói de atravessar os mares, sou a flauta tocada pelo vendedor de máquinas. Espero. Química e açúcar, em realce a uma bela taça servida em realeza, a maçã cuja existência consiste na morte da neve... Espero... Até que as palavras me calem, me mordam, sejam meu dorso de partida...