À PROCURA DO DESTINO
O que procuro é o diagnóstico de meu destino: humano, fuga, exatidão. O que procuro não é mais o que vejo nem o que sinto, mas o que falta aos meus pedaços de tempo. Admito que a vida seja caráter e transtorno, escolho o fluxo dos enxagues. Ando com pernas em terceiro grau de benevolência, elas nem sabem que eu existo. De onde vens, lástima? Porque sois seca e úmida ao mesmo tempo? Sirva-se deste vinho: o nome dele é descaso. Sirva-se, mas não incorpore o serviçal que já sou. Sou o descanso. A sutileza. A procura de um destino que é incapaz de se responder.