TESOUROS E PRECIOSIDADES QUE NÃO VEMOS

                       
Na maioria das vezes nos pobres humanos e mortais não valorizamos os bens preciosos que temos em mãos e ao nosso redor, e saímos por aí em busca de tesouros imagináveis e coisas fictícias.
                   Vemos mas não enxergamos as qualidades culturais, morais e espirituais dos nossos entes queridos mais próximos.
                   Não deixamos os nossos filhos crescerem, amadurecerem e nem vemos que pretendem seguir o curso de suas vidas naturalmente. E mais, insistimos em tratá-los como uma criança dependente o tempo todo. 
                   Em vez de orientá-los, tentamos cercear   as suas  capacidades  de discernimentos.
  
                 Não conseguimos perceber que o nosso bem amado está exatamente ao nosso lado, muitas vezes implorando o nosso amor e a nossa compreensão.
                    Fazemos vistas grossas aos méritos dos nossos irmãos queridos, principalmente daqueles que não nos são ligados por laços consangüíneos, não lhes reconhecendo a capacidade de produzir. Muitas vezes achando que fazemos melhor.

 
“Eita!, baita engano”, kkkkkkk.

                    Sem nenhuma razão buscamos nos lares alheios novos amores, nos achando irresistíveis nas conquistas.
                    Não conseguimos ver que quem está ao nosso lado é exatamente a pessoa ideal para nossa aprendizagem aqui no Planeta Terra. Na maioria das vezes nos mesmos já a escolhemos ainda no plano espiritual, com o propósito de resgatarmos algumas dívidas do passado.  

                    Mas esquecidos totalmente, queremos mudar o rumo de nossas próprias vidas, enveredando por caminhos diferentes. Parece-me, posso até estar enganado, que a tão falada e famosa incompatibilidade de um casal, que lá no início se amava tanto, representa exatamente a prova da nossa capacidade de transigir; de ser paciente e tolerante; amoroso e compreensivo, de demonstrar o nosso verdadeiro amor material e espiritual.
                     Mas sempre estamos prontos para renunciar nossas indulgências, achando que traindo e buscando novos amores vamos resolver o problema.
                    Isto me remete a uma historinha que contam sobre o poeta e escritor OLAVO BILAC.

                    Certa vez, na cidade onde vivia, um cidadão dono de um pequeno, mas bem sucedido comércio, encontrou-se com BILAC na rua.
                     Cumprimentou-o cordialmente ao que foi correspondido. E logo   começaram um rápido bate-papo.     No meio da conversa o comerciante pediu ajuda ao amigo poeta, no sentido de que ele elaborasse e escrevesse um texto para publicar nos jornais, fazendo propaganda do seu sítio que pretendia vender, dizendo: Você conhece bem aquele sítio e o lugar, pois estivestes lá algumas vezes.
                    Como era muito gentil e atencioso, BILAC falou para o amigo ir à sua casa, buscar o texto no outro dia.
                     Quando então foi buscar o ANUNCIO encomendado o comerciante surpreendeu-se com os dizeres do mesmo.
 
“ESTÁ À VENDA UM LINDO E MARAVILHOSO SITIO. TERRA DE PRIMEIRA, COM LAGOS, BOSQUES, REGATOS E CASCATAS NATURAIS; UM LINDO POMAR EM FRANCA PRODUÇÃO, COM VÁRIAS ESPÉCIES DE FRUTAS PRONTAS PARA SEREM COLHIDAS; UM CAMPO DE FUTEBOL, CASA DE SEDE COM COMPARTIMENTOS E DORMITÓRIOS ENORMES, CASA PARA CRIADOS, ETC. ENFIM, UM ENCANTO DE LUGAR”
                    Passados alguns tempos, os amigos encontraram-se novamente, e BILAC lhe perguntou:
                    E então meu amigo, já vendeu o sítio ?                     
                    No que o comerciante lhe respondeu:
Não. Não vendi. Nem quero mais vender. Aliás, desisti de vendê-lo exatamente no dia em que tu me fizeste a propaganda.

 
MORAL DA HISTÓRIA:
 
 É ASSIM. QUE QUASE TODOS  SOMOS.
VEMOS,  MAS    NÃO    ENXERGAMOS.
OUVIMOS,   MAS    NÃO   ESCUTAMOS.
E,  MUITAS    VEZES    NECESSITAMOS
QUE  OS  OUTROS  NOS VEJAM E  NOS
ALERTEM DOS BENS MAIS PRECIOSOS
QUE   TEMOS  AO  NOSSO  REDOR  E À
NOSSA   INTEIRA      DISPOSIÇÃO.







Nota do autor:
Na foto ilustratriva, vemos a minha querida e adorável filha CYNTHIA, despreendida e despreocupada de tudo, apenas curtindo uma viagem que fizemos à USINA DE ITATINGA, em Bertioga-SP, Tão feliz ela estava que achei conveniente mostra-la a todos os meus amigos e leitores.


CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 16/01/2011
Reeditado em 17/01/2011
Código do texto: T2732874
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