carta
carta, safra de palavras delatando a falta. como conter-se nas palavras? como exigir que elas contenham a carga? dicionarizadas, vazias, e quando vem ao mundo, já carregá-las de melancolia. injusta grafia, fado sem catarse, câmara fria. alquimia. transmutar a agonia em mal-traçadas linhas e deixar que o tempo seja o veículo do discurso mendigando sintonia, corroendo as fibras do branco que fica, como se não houvesse conquista nem a exigida desocupação...