mudanças
As mudanças não ocorrem porque pedimos, desejamos, sonhamos, tememos ou fugimos delas. Há que renovar o rio, encharcar novamente a terra, fazer escorrer seiva nova por onde até então era só anseio. Há que se mudar a escrita, mudar o ritmo da fala. Há que ser mutante, mutável, mútuo. Há que se lançar ao rio e ás vezes agarrar-se às pedras. Há que ser fiel ao nosso processo de adaptação. Não chorar pela flor murcha, mas saborear o fruto imediato e suspirar para que se fecunde uma nova semente.