AMAR E INCOMPREENDER
No desconforto da incompreensão,
Sabe-se que dói muito a quem afeta,
Sejam estranhos, amigos ou irmão,
Pai, mãe, avô, avó, neto ou neta.
Saudades quando nos lembram,
Das manhãs e das tardes fagueiras,
Correndo as margens de um rio,
Ouvindo o borbulhar das corredeiras,
As plumas brancas a deslizarem,
Da copa alta de uma bela paineira.
São incontáveis as recordações,
Dessa família garbosa, alem de bela,
Mas nas festas que se sucedem,
Conto e reconto, está faltando ela.
Por viver longe, muito distante,
Por trás da linha do horizonte,
Uma estrada que parece contramão,
Quem vai chora por quem fica a chorar,
Nesse desconforto por se querer amar,
Tornando-se arco da incompreensão.
Rio, 22/11/2009
Feitosa dos Santos