O Caso do Coelhinho da Páscoa
Fui comprar um ovinho de páscoa para minha netinha. Recomendaram 1l de álcool gel para lavar as mãozinhas dela de hora em hora; e também máscaras. Conferi o bolso e só era possível uma coisa ou outra. Optei pelo álcool. As máscaras de pano vi pela internet comunitária como faz, anotei direitinho e estou fazendo. É duro ser pobre. Seiscentos reais não dá pra nada.
A danadinha da minha netinha está ensaiando os primeiros passos e entra em tudo. Revira e mexe em tudo. Eu, minha esposa e os demais netos, ficamos cima, mas ela escapole. Quase dois aninhos; essa idade é terrível.
Um dia desses foi parar dentro do armário com o lata de óleo aberta. O resto o leitor imagina...; ao ver que nós a descobrimos, botou a carinha pra fora da porta e abriu um sorrisinho de santinha. Santinha Sapeca, falei para minha mulher. Ôô bichinha arteira, sô! Agente até tenta ficar sério, mas é impossível
conviver com as peraltices de um anjinho sem rir. Caímos na gargalhada.
Tinha mais o que escrever, mas vou parar por aqui. A panela está no fogo, aqui sou Eu que preparo a boia. Agora piorou, a patroa foi surpreendia pelo Corona. A cultura de pobre é isso, e as tramelas e ferrolhos só conhecem as portas e janelas, depois de arregaçadas pelos ratos. Corona ainda vá lá, mas Deus nos livre dessa praga que limpa a despensa.
Seguindo as recomendações do vendedor de chocolates, vou lavar as mãozinhas de ambas com álcool, passou uma hora da última lavada. Com sua permissão;
Fim!