A VESPA ASTUCIOSA (CONTO)

A VESPA ASTUCIOSA (CONTO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Na dimensão do bosque entre muitas árvores das florestas, entre muitos outros bichos como que de insetos, divertindo e caçando as luzes do dia, havia entre tantas outras uma vespa muito astuta.

Inventava diversos recursos enganosos para conseguir o que queria, ludibriando os outros insetos para a sua refeição, conseguindo com a sua creditada esperteza.

Certo dia de sol claro reluzente, em uma manhã cheia de alegria, a vespa faminta com a vontade de saborear algo muito delicioso, aprisionou um pernilongo, agarrando no limo de uma folha verde de uma planta ao qual fez de seu indez, usando este pernilongo como isca, com a intenção de pegar um percevejo, e pegou logo o percevejo, colocando a vista, que para a vespa pensou em algum inseto maior e mais suculento, diferente do percevejo que era achatado e fedorento.

Subestimou o percevejo de sua presa, pensando em comer algo maior que o percevejo, usou o percevejo como sua nova isca, imaginou do percevejo comer um besouro bem robusto.

Do besouro bem robusto, novamente a sua astúcia desenfreada, menosprezou-o porque ele era casca grossa e lisa, e usou este besouro como outra isca para agarrar uma grande libélula; em sua armadilha pegou uma suficiente libélula, e da libélula ao qual não a satisfez porque achou ela a vespa a libélula magra e esguia, esquelética as suas pretensões; descartou-a colocando ela como outra isca para ingerir uma grande mosca varejeira, a sua dose de alimentação; com a libélula como isca pegou a grande mosca varejeira, colocando a servir de sua refeição; e não satisfeito com a mosca varejeira, também colocou-a como mais uma isca, e pensou em uma abelha apetitosa, usando a mosca varejeira como uma insaciável isca para pegar uma abelha com produção de um apetitoso mel.

E a pegou uma enorme abelha, e enjoou do doce do seu mel, e usou a abelha como uma buscável isca para pegar um grilo maior, e vendo que o grilo tinha pernas longas dobradas com grandes asas camufladas para voar, usou o grilo como isca para pegar um dantesco gafanhoto; e vendo que o gafanhoto devorava as plantações, usou o gafanhoto como isca, para pegar uma joaninha, e pegou-o a joaninha toda pintada e pequenininha, não foi de seu agrado, partindo para uma cabeluda aranha caranguejeira.

No harém alimentar que de escolha colocava alternativas diversas para a vespa, ela tinha várias opções a que escolher.

Partindo para a sua indefinida presa abundante e peluda ao qual era como que de se alimentar.

Escolhendo tanto, resolveu capturar de vez esta aranha maior do que ela a vespa a que podia confrontar, usando a mosca varejeira como isca imaginou um aracnídeo como de mais delicioso.

E a aranha em sua teia se fazia de morta para também uma presa a capturar, para sua refeição e carnuda indo arriscar.

A teia era a casa da aranha, às dimensões das suas linhas pegajosas a ter o que caçar, no que caia na sua rede ela corria para ferrar; e depois agarrar, matar e comer.

Mas a vespa astuta de tanto escolher não pensou que a sua força era limitada as proporções da forte aranha bocanhuda.

E a vespa obcecada pensando em um banquete mais que completo, entrou na teia da aranha, e em direção dela foi até a toca-la.

Uma aranha pernuda, graúda, braçuda, carnuda, cabeluda, ossuda, cascuda ou parruda.

E a aranha se passando de morta, aguardou a sua mais fácil degustação.

Próximo a ela, a aranha mais astuta que a vespa, esperou a hora para atacar; e a vespa pensando ser mais forte, foi dispersa indo logo a aranha a atacar.

Aí que bem mais esperta que a vespa, a aranha abriu os olhos, sabendo da sua força maior que da vespa; pegando a vespa e devorando apetitosamente.

Com tanto pouco caso da vespa sobre as outras peças de refeições, ela mesma foi o banquete, descartando o pernilongo, um percevejo, um besouro, uma libélula, uma mosca varejeira, uma abelha sonora de mel, grilo, gafanhoto e joaninha, e por fim uma melindrosa aranha, aracnídeo de uma força desproporcional.

De tantos pratos preferidos que a vespa esnobou, escolheu tanto de que da vespa nada sobrou.

Quem escolhe muito acaba com nada a sua dúvida ou objeção, fica a deriva na sua escolha dando a vez a muitas outras opções do destino.

Daquilo que era para ser de seu alimento foi de sua definitiva perdição; a aqueles que escolhe muito, tudo perde e de nada leva, ficando perdido até na sua forma de vivência, como que de associação.

O que é para ser perde-se por desfazer daquilo que é de valor.

Como que da vespa, que de caçadora virou caça, demorando muito a escolher aquilo a sua preferência virando ela como uma vítima de uma outra refeição.

Da aranha que não escolheu tanto, e a sua presa veio facilmente a sua mão.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 07/12/2019
Código do texto: T6813054
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