Metamorfose
Formiga quando quer fugir do desfile medíocre da manada, dizer não à vida mesquinha de apenas fazer o suficiente para sobreviver, espera todas passarem por ela, entoca-se numa moita, cria uma bunda enorme para seu tamanho, metamorfoseia-se em anjo alvo como a neve, bate asas e some para o além.
Ao tirar o fardo das costas, nem que seja por um dia, tal qual as águas que descem as ribanceiras em direção aos lagos e rios, sente-se infeliz e sôfrega. Nunca mais fará parte do silêncio operoso, da trabalhosa felicidade de suas irmãs de trilhas, folhagens e veraneio em buracos fundos.
Em contrapartida, sua rebeldia será vista mund´afora e ainda que pague os pecados por exigi-la por direito, valerá a pena liberar a adrenalina do voar liberto ao encontro do éter atmosférico.
- Adios; adeus, goodbye Recantistas...