CHAPELZINHO VERMELHO SEM VERGONHA.

Depois que esta senhora se viuvou continuou morando nesta mesma casa em meio a uma clareira nesta floresta correndo o risco de ser devorada pelos lobos, que por ali povoavam e sempre estavam nas proximidades rondando esta casa.
O lobo Mal tinha uma enorme sede de pegar esta jovem senhora e sempre estava buscando uma oportunidade de por as mãos, mas ela sempre estava se esquivando.
Um dia deste sua netinha que morava á alguns quilômetros dali, resolveu lhe fazer uma visitinha, mas, primeiro mandou lhe uma cartinha avisando deste passeio.

O Lobão estava por perto quando o carteiro colocou a carta na caixa de correspondência, ele muito curioso foi logo abrindo a caixa de correspondência e pegando violou a cartinha, em mãos assim foi lendo:
Querida vovozinha, estou lhe escrevendo para informar que amanhã de manhã estarei indo ai para lhe fazer uma visita, levarei aqueles docinhos que você tanto adora, me aguarde.

O lobo mau foi logo arquitetando um plano, agora não era mais a vovó que estava na mira do lobo, suas intenções agora estava focada para a bela neta desta vovozinha. O lobo Mau arquitetou um plano para ficar com a mocinha simplória que não sabia da existência destes caninos selvagens que habitava nesta mata e foi logo pondo este plano em ação, sequestrou esta mulher, levando para longe de seu endereço fixado nesta floresta.
Naquele dia bem de manhã lá estava ela trilhando aqueles caminhos, com o braço enfiado em meio a alça da cesta cheia de doces saborosos, presente para sua vovozinha.
O lobão estava ás espreitas, logo que avistou a moça logo começou a comê-la com os olhos.
- Hum!... Que belo petisco, já me fez com águas na boca, vou pega-la neste instante.
Correu e foi depressa para a casa da vovozinha da mocinha e mais que depressa assumiu o lugar da vó da moça, já que o mesmo já havia sequestrada a senhorinha. Chegando á casa que neste momento estava vazia, ele se arranjou, se vestindo no personagem que a vovozinha vivia e quando estava no quarto, deitou-se na cama da mesma se fazendo de avó da moça de chapéu vermelho.
Chapeuzinho vermelho chegou ao endereço que de sua avó e achando a porta aberta foi logo adentrando a estes aposentos e cordialmente cumprimentando:

_Bom dia vovó, como esta passando de saúde?

_Bem... Minha netinha, eu estou bem.

_ Por que esta sua vós tão rouca vovozinha.

_É que sai no orvalho estas noites, sabe como é né... O toalhete fica lá
nos fundos, eu vivo lutando com esta minha diabetes, bebendo água a todos momento e mijando de trinta em trinta minutos, com estas friagens minha garganta inflamou um pouco.

_ E por que não faz uso daquele vasilhame esmaltado? Faça isso vovó.

_ Tá amanhã vou até a cooperativa, eu vou comprar um penico..

_E estas pantufas assim tão grandes, são suas?

_Sim, é que meus pés cresceram.

_E este nariz tão grande?

_É para melhor te cheirar, você muito cheirosinha minha querida netinha.

A moça foi logo soltando o verbo, já conhecia muito bem esta história.


_Lobo bobo eu já sei de tudo disse a mocinha para o Lobo Mau, eu já sei como termina esta história, você come a minha avó e depois quer me comer também, pode mostrar sua cara, eu já sei que é você que está ai...
Ah... Estragou a surpresa, vem cá meu docinho de menina.

_Não se preocupe não lobão, eu quero fazer o contrário da história, me da um lugarzinho nesta cama ai, eu quero ficar com você, quero ter certeza se suas pegadas são boas mesmo.

_Chega mais ai, vou lhe comer bem gostosinho, depois que sua avó chegar eu vou comê-la também.

_E onde está minha vovó?

_ Está amarrada em um tronco de árvore, vou comê-la como sobremesa.

_ Ah... tadinha lobão fofão...

Antonio Herrero Portilho.

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