Foto de Feitosa dos Santos - Maria da Fé MG
A MENINA DAS CRISÁLIDAS
Rio, 12/01/2013
Feitosa dos Santos
A MENINA DAS CRISÁLIDAS
Eu não sei se consegui dormir. A imagem era nítida e real. No pátio do colégio havia muitas pequenas jardineiras, nestas havia flores diversas, mas as roseiras destacavam-se, não por seus espinhos, mas pela beleza de suas rosas.
No final de um cumprido corredor, havia uma goiabeira, onde em tempo de frutos os sanhaços, os sabiás e outros faziam uma algazarra.
Nos pequenos jardins e nos frutos caídos ao chão, borboletas nutriam-se, e voavam, colorindo aquele espaço, como que num conto de fadas, quando povoa a mente infantil.
No intenso clarão daquela manhã, eu ia e vinha de um canto a outro do pátio, observava os voos das crisálidas, que como eu, mudava de um lugar ao outro, como se a beleza de cada flor, despertasse o resplendor da outra, tornando-a irresistível aos olhos das belas e coloridas lepidópteros diurnos.
Embaixo da goiabeira, uma linda menina observava o vai e vem das borboletas. Elas não cessavam de voar, mal pousavam e já estavam no ar novamente. Parei e olhei na sua direção. Ela era encantadora, cabelos longos, corpo alongado e esguio. Permaneci estático contemplando mais uma obra do “Divino Escultor”, era a beleza entre as belezas ali postadas.
Por que eu estava ali? Não carregava livros nem vestia a roupa usada para o colégio. Não entrava no prédio e tão pouco a sala de aula. Onde estariam os outros alunos? O que viera fazer a menina? Comtemplar as crisálidas? Atônito interrogava-me e parado só espiava.
Como num passo de mágica, ela gira a sua mão direita aos quatro cantos do pátio do colégio e aponta para o firmamento. As borboletas obedecem-na agitam bem mais as suas azas e parte enfileiradas rumo ao infinito. A menina cria aza e voa na mesma direção esvoaçando as belas madeixas soltas aos ventos.
Parado estava e parado fiquei. Só o perfume exalado das rosas envolvia o meu corpo e me fazia sonhar com a deusa que voara.
Será que ela me viu? O que poderia ter pensado se me visse? Sei lá, nem sei se me percebeu! Mas as borboletas sim, essas me viram e giraram por vezes ao meu redor.
Ah! São quase oito horas e tenho que trabalhar. Um sorriso fosco eu esbocei no rosto, espreguicei-me, estirei as pernas e levantei-me. Mais um dia de trabalho e estudo me esperavam. A imagem daquele pátio acompanhou-me no trabalho e por certo na sala de aula por longas horas da noite até que voltasse para casa.
No final de um cumprido corredor, havia uma goiabeira, onde em tempo de frutos os sanhaços, os sabiás e outros faziam uma algazarra.
Nos pequenos jardins e nos frutos caídos ao chão, borboletas nutriam-se, e voavam, colorindo aquele espaço, como que num conto de fadas, quando povoa a mente infantil.
No intenso clarão daquela manhã, eu ia e vinha de um canto a outro do pátio, observava os voos das crisálidas, que como eu, mudava de um lugar ao outro, como se a beleza de cada flor, despertasse o resplendor da outra, tornando-a irresistível aos olhos das belas e coloridas lepidópteros diurnos.
Embaixo da goiabeira, uma linda menina observava o vai e vem das borboletas. Elas não cessavam de voar, mal pousavam e já estavam no ar novamente. Parei e olhei na sua direção. Ela era encantadora, cabelos longos, corpo alongado e esguio. Permaneci estático contemplando mais uma obra do “Divino Escultor”, era a beleza entre as belezas ali postadas.
Por que eu estava ali? Não carregava livros nem vestia a roupa usada para o colégio. Não entrava no prédio e tão pouco a sala de aula. Onde estariam os outros alunos? O que viera fazer a menina? Comtemplar as crisálidas? Atônito interrogava-me e parado só espiava.
Como num passo de mágica, ela gira a sua mão direita aos quatro cantos do pátio do colégio e aponta para o firmamento. As borboletas obedecem-na agitam bem mais as suas azas e parte enfileiradas rumo ao infinito. A menina cria aza e voa na mesma direção esvoaçando as belas madeixas soltas aos ventos.
Parado estava e parado fiquei. Só o perfume exalado das rosas envolvia o meu corpo e me fazia sonhar com a deusa que voara.
Será que ela me viu? O que poderia ter pensado se me visse? Sei lá, nem sei se me percebeu! Mas as borboletas sim, essas me viram e giraram por vezes ao meu redor.
Ah! São quase oito horas e tenho que trabalhar. Um sorriso fosco eu esbocei no rosto, espreguicei-me, estirei as pernas e levantei-me. Mais um dia de trabalho e estudo me esperavam. A imagem daquele pátio acompanhou-me no trabalho e por certo na sala de aula por longas horas da noite até que voltasse para casa.
Rio, 12/01/2013
Feitosa dos Santos