A criatura medonha
Na época em que as nuvens negras cobriam o céu iluminado pelo sol, que o simples broto se tornava uma planta carnívora gigante, que os
fantasmas contavam histórias de terror às crianças existia uma criatura tão medonha que todos fechavam as janelas e as portas quando ela passava. E a criatura era discriminada. Tentou arrumar um emprego.
Foi ao ferreiro e se queimou na primeira espada. Fora daqui!
Foi a cozinha e derramou o primeiro prato. Fora daqui!
Foi ao exército e não aguentou segurar o escudo. Fora daqui!
E assim continuou, até não restar mais empregos. A criatura era medonha mas tão inocente, não faria mal a uma mosca, não cortaria um galho de uma arvore velha.
Até que chegou um dia que ela não aguentou mais, saiu daquele feudo horrível a procura de algo para fazer. Já não tinha comida, pois estava
sem dinheiro. E nenhuma alma aparecia para ajudar, ela caminhou e caminhou por 2 dias até encontrar uma fonte. Ao lado da fonte 2 homens,
um quase morrendo e outro muito forte, levantando uma árvore. A criatura pensou, seria uma fonte de poder ou de morte?
"Eu poderia voltar e provar que sou diferente". A criatura foi e bebeu a água tão transparente que parecia não existir. E a criatura ficou tão
forte quanto um Colosso. Então ela voltou ao feudo onde viveu, os soldados correram de medo, pois agora além de medonha e feia, ela estava gigante e forte. E tão desajeitada, acabou caindo em cima das casas, pisando em pessoas.
Todos fugiram e estava ela lá, triste. Então ela logo começou a diminuir, diminuir, diminuir. Ficou tão pequena quanto o homem caído ao lado da fonte. Ficou lá como um trapo, mais abandonada do que nunca, rezando e morrendo.