Palavras Floridas de um Tempo de Amor e Guerra

(... andam dizendo) que dizem que amam aos outros

Sem amarem a si

Como podes tu

Não amar a ti

Pois pra quê viver

Se não amar a si

Tu podes nada

Nem amor vir

Nem amor sentir

Aos outros verem

Nada poder fazer

Só, sozinha.

Prefiro aprender a amar

Com a quem me ama,

E aos outros amar

A morrer só.

Ainda que haja ilusões

Prefiro sonhar com você

Morrer no seu travesseiro

E ver quem acorda primeiro (...)

Amanhã será outro dia, não é ...

Depois os raios e os trovões (...)

E a chuva e as guerras,

Não sabem eles explicar (...)

Não sabem sozinho dizer,

(...) Por que nunca amaram?

Pois se juntos não sabem

Também não temem dor

Quando sai a luz do dia

E entra a escuridão

Restam-lhes frações,

.

E quando finda a guerra,

Do pouco de que restou encerra

Que esse amor me tivera

Um pouco de sonho pra iludir

Se foi ... Talvez.

Amei. Amei uma vez,

Aprendi a amar,

Depois dormi.

Então sonhei.

Acordei e ainda

Vi que te amo.

E existe sempre, sim,

Com quem sonhar, sei que,

Só o sonho não devera

Morrer a sós,

Porque é duma noite

Que se nasce um dia.

É de uma manhã que surge o sol.

É da luz que nasce uma criança.

É no fim do dia que se sente esperança,

Pra frente, pra sempre, almejar, a tento,

Alguém, em quem eu possa cair nos braços

Adiante, confiar em quem não use

O que eu disse contra mim. Mas nada mais.

E ser, quase sempre ou estar apenas envolto, e nada mais, irá me ferir.

Alguém livre, como eu, abstente, para ser o que penso,

Livre de julgamentos, ser honra, ser preza, o prezado.

Dado prêmio encanto pelo momento, abstente, novamente,

Minuto que se passa e vai embora, em um verso eminente,

Que se faça lembrar a tudo e a todos, das abstenções,

Das histórias, das palavras, floridas, de tempos, há tempos,

de tempos de amor e de guerras,

de nossas vidas e glórias, por agora...

Guy Werneck - 2010 -

versão adaptada especialmente para "As Portas Sagradas",

do abstrato ao concreto, passando pelo experimental e

romantismo, pelos séculos, pelo decadentismo,

por muitos, e por muitos poetas e pelo eu tido, poeta maldito.

O Poeta Maldito, incluso na obra literária de prosas poéticas

"O Tom de Meus Cantares", de 2015, sem a inclusão de

´Palavras Floridas de um Tempo de Amor e Guerra´.

* em processo de organização de compilação de poemas e

prosas poéticas para postagens do livro aqui no Recanto,

"O Tom de Meus Cantares".

Guy Werneck
Enviado por Guy Werneck em 11/10/2022
Reeditado em 11/10/2022
Código do texto: T7624736
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