PANDEMIA

O poema abaixo eu formulei conforme

regras do experimental Luxons, criado pela

poetisa Maria de Jesus Carvalho.

As instruções estão em sua página em

Teoria Literária.

PANDEMIA

Em tempos de pandemia

O infinito fica triste

E acinzentam-se as estrelas.

Ah! Se o mundo revestisse

O brilho da natureza

Sem o pesar que coexiste...

No tempo assim tão cinéreo

Ofuscam-se os arredores

Não vejo o apogeu das flores

Que emolduram altares-mores.

Entre os olhares tristonhos

Findam-se todas as odes.

O vírus fatal se avizinha

Dos sertões e das cidades

Não escolhe suas vítimas

Não lhe atinge as tempestades.

A poesia pranteia,

Porém insurge esculpida

E traz, apesar de tudo,

A esperança refletida

Nos sorrisos das crianças,

Nas lembranças mais queridas.

Tudo passa nesta vida:

Flores, plantas, animais...

Porém, nosso ser eterno

Não nos deixará jamais.

Os cuidados necessários

Não são por todos lembrados

Daí o pranto, as angústias

E o vazio do choro amargo.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 01/04/2021
Código do texto: T7221149
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