MANTO ESTELAR
No fluir breve do tempo:
Tantas delícias lunares
Ostentam ao meu coração
Belas visões estelares,
Refletindo em cordilheiras
Os astros entre os luares.
Estrelas dormem no dia
Para acordarem na noite
E enfeitar o céu num encanto,
Dando adeus aos vis açoites
Oriundos de insanidades
E de atitudes afoites.
Os meus olhos lacrimejam,
Não por falta de magia,
Mas por não ter contemplado,
- em meu reino de alforria -,
Por mais tempo o plenilúnio
E a celeste poesia.
As crisálidas despertam
No tempo e à sombra do vento,
A energia que se emana
Nos olhares sem lamento,
Vicejando trajetórias
Somente de encantamento.
Cai, enfim, a noite bela
Disseminando ternura
Nas cidades e sertões,
Abraçando a formosura
Que o som da brisa fecunda
Na sinfonia mais pura.
E transcendo as ilusões
- Sem codeína que mata -,
O manto estelar supremo
Ostenta a lua de prata,
Escondendo seus mistérios
Na profundeza da mata.
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Este poema eu o fiz, obedecendo
métricas e rimas do experimental
Luxsons, criado pela poetisa Maria
de Jesus Carvvalho. As intruções
estão na sua página.