LÁGRIMAS DE POETISA

Uma amizade nascia

Singela como uma flor!

Trazendo perfis de encanto

Até mesmo em meio à dor:

O poeta e a poetisa

Em premissas de fulgor!

Na clara noite hibernal

Amoráveis corações

Palpitavam lancinantes

Por caminhos de emoções

Cada qual com seus delírios

De sonhos em profusões.

A poetisa em segredos,

Ao ler escritos do amigo,

Surpreendida, chorou

Por sabê-lo emudecido

Ante uma grave doença

Que o faria entristecido.

Pelo rosto angelical

Lágrimas puras fluíam

E ao saber do sentimento

Tão profundo que os nutriam

O poeta em seu recato

Pressentiu o que os uniam.

O poeta e a poetisa

Em uníssono amargor

Descobriram desde então,

Com o mais profundo ardor,

Seus pensamentos unidos

Na alegria e na dor.

Pelo olhar do dia claro

A poesia latente

Vencendo abissos e mares

Fez-se súplice, envolvente,

E ambos se deram as mãos

Buscando os risos ausentes.

(Poema metrificado em redondilha maior,

com rimas nos segundos, quartos e sextos

versos de cada estrofe. Esse estilo denomina-se

"Luxsons" e foi criado pela poetisa Maria de Jesus

Carvalho, a quem dedico essa obra).

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 23/07/2015
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T5320882
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