O RENASCER DA POESIA

Na calentura do sol

Ou nos ventos hibernais,

A poesia latente

Renasce em tons divinais

A perscrutar as lembranças

Nos momentos soturnais.

Lapidando sentimentos,

As emoções, lentamente,

Acompanham o ébrio rito

Da natureza fremente

De lindos sonhos risonhos

A encantar-me, caliente.

Absorvo em meus pensamentos

A imensidão do deserto,

O qual percorro sem jeito

Buscando elevar meu estro

No esplendor das madrugadas

Entre os caminhos que adestro.

A minha oração se eleva

Quando, fitando a amplidão,

Os meus olhos se embriagam

Da mais límpida emoção.

Tudo então ganha sentido

No lastro da inspiração!

Nos braços da natureza

Meu coração em compassos

Segue o ritmo ordenado

Dos meus sempre firmes passos.

Sigo o caminho traçado

Ultrapassando obstáculos.

A distância, muitas vezes,

Torna-se sempre mais leve

Quando em silêncio mergulho

Na calmaria tão breve

Da poesia que nasce

E adormece ultraleve.

Parabenizo a poetisa Maria de Jesus Carvalho

por ter ultrapassado a marca de cem Luxsons,

esse tão maravilhoso estilo poético por ela criado,

com o qual, sinto-me gratificado por ter contribuido

dentro do meu possível.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 27/06/2015
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T5291518
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