O RENASCER DA POESIA
Na calentura do sol
Ou nos ventos hibernais,
A poesia latente
Renasce em tons divinais
A perscrutar as lembranças
Nos momentos soturnais.
Lapidando sentimentos,
As emoções, lentamente,
Acompanham o ébrio rito
Da natureza fremente
De lindos sonhos risonhos
A encantar-me, caliente.
Absorvo em meus pensamentos
A imensidão do deserto,
O qual percorro sem jeito
Buscando elevar meu estro
No esplendor das madrugadas
Entre os caminhos que adestro.
A minha oração se eleva
Quando, fitando a amplidão,
Os meus olhos se embriagam
Da mais límpida emoção.
Tudo então ganha sentido
No lastro da inspiração!
Nos braços da natureza
Meu coração em compassos
Segue o ritmo ordenado
Dos meus sempre firmes passos.
Sigo o caminho traçado
Ultrapassando obstáculos.
A distância, muitas vezes,
Torna-se sempre mais leve
Quando em silêncio mergulho
Na calmaria tão breve
Da poesia que nasce
E adormece ultraleve.
Parabenizo a poetisa Maria de Jesus Carvalho
por ter ultrapassado a marca de cem Luxsons,
esse tão maravilhoso estilo poético por ela criado,
com o qual, sinto-me gratificado por ter contribuido
dentro do meu possível.