CARNAVAL

No aspergir das serpentinas

A lua sorri no além!

E os folguedos multicores

Fazem-me sorrir também

Dissipando as amarguras

Em cada lance que vem.

O plenilúnio fecunda

Alegrias sem iguais...

Diversivas fantasias

Nos brilhos mais colossais!

O mundo, então, se energiza

Entre sonhos magistrais!

Os pierrôs se maravilham

Com o glamour das colombinas...

Em perfis ternos, sublimes

São crisálidas as meninas.

Como criança em gangorra

As diversões me alucinam!

Doidivanas disseminam

O apogeu de seus feitiços

Na passarela do samba

Cantam e sorriem em viços

Num espetáculo fulgurante

Que ressoa no infinito!

As cabrochas em suas alas

Transmutam toda tristeza

E a alegria se faz

Nos gingados e leveza

Deixando um apelo supremo

De perpétua realeza.

O plenilúnio liberta

As lascívias represadas.

Os lindos sonhos flutuam

Sob estrelas endeusadas

Até que o alvor do dia

Devolva a vida adornada.

(Com este poema participo do experimental

"Luxsons" criado por Maria de Jesus Carvalho.

As instruções encontram-se na sua página).

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 28/02/2015
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T5153307
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.