POESIA VISCERAL

O meu pensamento voa

E os vocábulos escorrem

Do meu plácido silêncio

Trazendo versos que acorrem

A poesia envolvente:

Romantismos que não morrem!

Quando a calma embala a tarde

O aforismo visceral

Latente de encantamentos

Traz o apelo sideral

Para que o doce lirismo

Seja pra sempre imortal!

Nesta carência de paz

Em nossas vidas fechadas

Deixo no tempo um legado

De louvações inflamadas

À poesia mais bela,

Nas memórias, incrustadas.

Quero ver, depois de mim,

A esperança mais polida

Na paz de uma sinfonia

Fazer morada atrevida

Despojando vis angústias

E hiatos tristes da vida!

Postergar a poesia

É ter olhos e não ver.

É caminhar na existência

Sem um céu para se crer

Buscando prazeres vãos,

Sem, de fato, nada ter.

Os meus olhos lacrimejam

Quando me ponho a pensar

Num tempo futuro e cálido

Onde possam se ostentar

As almas vivificantes

Renascidas para amar.

Com este poema participo do experimental

"Luxsons" criado por Maria de Jesus Carvalho.

As instruções encontram-se na sua página.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 07/02/2015
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T5128808
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