POESIA VISCERAL
O meu pensamento voa
E os vocábulos escorrem
Do meu plácido silêncio
Trazendo versos que acorrem
A poesia envolvente:
Romantismos que não morrem!
Quando a calma embala a tarde
O aforismo visceral
Latente de encantamentos
Traz o apelo sideral
Para que o doce lirismo
Seja pra sempre imortal!
Nesta carência de paz
Em nossas vidas fechadas
Deixo no tempo um legado
De louvações inflamadas
À poesia mais bela,
Nas memórias, incrustadas.
Quero ver, depois de mim,
A esperança mais polida
Na paz de uma sinfonia
Fazer morada atrevida
Despojando vis angústias
E hiatos tristes da vida!
Postergar a poesia
É ter olhos e não ver.
É caminhar na existência
Sem um céu para se crer
Buscando prazeres vãos,
Sem, de fato, nada ter.
Os meus olhos lacrimejam
Quando me ponho a pensar
Num tempo futuro e cálido
Onde possam se ostentar
As almas vivificantes
Renascidas para amar.
Com este poema participo do experimental
"Luxsons" criado por Maria de Jesus Carvalho.
As instruções encontram-se na sua página.