CANÇÕES NO ARREBOL
As canções em abandono
Deixaram laivos em mim
Entoando melodias
Em arrebóis carmesins!
Agonizantes lamúrias
De um sol distante sem fim!
Em sinfonias dolentes
Insufladas tristemente
São lamúrias de agonias
Em breves versos somente.
Sentinelas de emoções
De esse viver descontente.
Assim como os passarinhos
Buscando âncoras distantes,
Perdidos na imensidão,
Meu coração lancinante
Perde-se em veredas tristes
E notas lacrimejantes!
Entre essas reminiscências
Os solfejos lapidados
De glamour e poesia
Incitam sonhos moldados
Pelo som da natureza
Nas florestas e riachos.
Os dias correm silentes
Na brevidade das horas
Trazendo perfis saudosos
Das fantasias e glórias
De um tempo em que as melodias
Permeavam as histórias.
Sonho delícias do amor
E das quimeras aladas
Num horizonte longínquo
Onde a paz é a morada
E a Via Láctea ostenta
As suas cores douradas!
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Com este poema participo do
estilo experimental "Luxsons",
criado por Maria de Jesus Carvalho.
Instruções na sua página.