CANÇÕES NO ARREBOL

As canções em abandono

Deixaram laivos em mim

Entoando melodias

Em arrebóis carmesins!

Agonizantes lamúrias

De um sol distante sem fim!

Em sinfonias dolentes

Insufladas tristemente

São lamúrias de agonias

Em breves versos somente.

Sentinelas de emoções

De esse viver descontente.

Assim como os passarinhos

Buscando âncoras distantes,

Perdidos na imensidão,

Meu coração lancinante

Perde-se em veredas tristes

E notas lacrimejantes!

Entre essas reminiscências

Os solfejos lapidados

De glamour e poesia

Incitam sonhos moldados

Pelo som da natureza

Nas florestas e riachos.

Os dias correm silentes

Na brevidade das horas

Trazendo perfis saudosos

Das fantasias e glórias

De um tempo em que as melodias

Permeavam as histórias.

Sonho delícias do amor

E das quimeras aladas

Num horizonte longínquo

Onde a paz é a morada

E a Via Láctea ostenta

As suas cores douradas!

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Com este poema participo do

estilo experimental "Luxsons",

criado por Maria de Jesus Carvalho.

Instruções na sua página.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 16/01/2015
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T5103560
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