LÍRICO DESPERTAR

O poema abaixo é minha

participação ao estilo experimental

"Luxsons", criado pela amiga e

poetisa Maria de Jesus Carvalho.

Numa estrada tão infinda

Vejo agigantar-se em mim

Funestas sombras bem tristes

Entre olores de um jasmim

Embriagando as pobres almas

Nos cântaros e jardim.

O ar fresco desta noite

Não traz eco de sinos

Nem os perfumes silvestres

Do mundo diamantino!

Há um eco frio na noite

É do meu grito hialino.

Há os mistérios noturnos

Sempre em nuanças, liras...

Que me tornam assim soturno:

Um fantoche..., sim, sem vida,

Sob o luzir das estrelas

A permear as desditas.

Bem no abisso da minh ‘alma,

Em veredas e girices,

Oh! De repente eu te vejo

Em meio às sombras tão tristes,

E meus pensamentos vão

Perdendo-se entre efígies!

Pingam gotas orvalhadas...

Escorrem níveas no chão,

Mas, aos poucos já se aquecem

E o amor se faz canção!

Balançam-se os arvoredos...

Tocando-me o coração.

Um clarão se faz tão dócil

Logo as trevas se iluminam

Quando teu mimo de encanto

Os meus olhos alucinam!

Bebo da fonte do amor...

Sob estrelas e malinas.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 03/08/2014
Reeditado em 01/09/2015
Código do texto: T4907916
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