Entrevista Com Thiago Lucarini
ENTREVISTA GENTILMENTE CONCEDIDA PELO ESCRITOR THIAGO LUCARINI AO APRENDIZ DE ESCRITOR HEBANE LUCÁCIUS:
Hebane: Em breves palavras, quem é Thiago Lucarini?
Thiago: Creio que sou acima de tudo um sonhador, um eterno crente do impossível tangível.
Hebane: Sabe-se que Lucarini não é seu sobrenome de batismo. Sendo assim, quando, como e de onde surgiu a ideia de adotar tal sobrenome como parte do seu nome artístico?
Thiago: Bem, Lucarini fora um sobrenome pesquisado para o meu personagem principal e par romântico da personagem Liz Van Stoll do meu segundo livro Réquiem, porém gostei demais dele, pois eu tenho um nome bastante comum e pouco atraente, então, eu o roubei do meu personagem, alterando de Enzo Lucarini para Enzo Hargreaves. Curiosidade: anos mais tarde achei um Enzo Lucarini real no twitter. Mundo e imaginação pequenos. (risos)
Hebane: De que forma se deu o seu primeiro encontro com a Literatura?
Thiago: Com o livro: O Código Da Vinci do Dan Brown.
Hebane: Quando e de que maneira você se deu conta de que poderia ser um Escritor?
Thiago: Quando comecei a ler e identificar livros não tão bons no mercado, e pensei: cara, eu consigo fazer algo semelhante ou até melhor. Desde então nunca parei.
Hebane: Dos livros que você já leu, qual foi o mais marcante?
Thiago: O Código Da Vinci do Brown por ter sido o primeiro livro grande que li. Fui um leitor tardio, por não ter incentivo em casa, eu comecei a ler de fato com 15 anos.
Hebane: Ainda sobre os livros que você já leu, qual deles você gostaria de ter escrito?
Thiago: As Crônicas de Gelo e Fogo do George R. R. Martin.
Hebane: Se lhe fosse concedida a oportunidade de assumir a identidade de uma personagem de um dos livros que você já leu, que personagem você gostaria de ser? Por quê?
Thiago: Pergunta difícil, pois há tantos, mas hoje, queria ser o Percy Jackson, queria ser filho de Poseidon (risos).
Hebane: Quais são os escritores e as escritoras que você mais admira?
Thiago: Brasileiros: Angie Stanley, Luis Maldonalle, Hebane Lucacíus, Cecília Meireles e Manuel Bandeira. Internacionais: George R. R. Martin, J. K. Rowling, Oscar Wilde, Rick Riordan.
Hebane: Dos(as) autores(as) com quem você teve contato através da leitura, qual(quais) é(são) o(s) que exerce(m) maior influência sobre a sua maneira de escrever?
Thiago: Cecília Meireles, Thiago de Mello, Stephenie Meyer, Rick Riordan, entre outros.
Hebane: Em breves palavras, como pode ser definida a literatura de Thiago Lucarini?
Thiago: Estranha e uma mistura louca.
Hebane: Dos gêneros literários que você pratica, em qual se sente mais à vontade?
Thiago: Poesia e terror.
Hebane: Você acredita em inspiração? Se acredita, como é que a define?
Thiago: Acredito, fiz uma poesia sobre isso, a colocarei aqui, ela chama-se: Fotografia Poética (Inspiração). Segue abaixo.
Fotografia Poética (Inspiração)
Thiago Lucarini
A inspiração é um momento
Na maré do destino
Em que se é permitido
Gravar o passado imutável,
O instante pertinente
O futuro incerto.
Real ou imaginário
Cômico ou trágico
Vivo, insubstancial ou morto.
A inspiração é um insight no tempo indelével.
Uma fotografia poética
Tirada pela alma inspirada.
Hebane: Qual é o tema que mais te inspira a escrever?
Thiago: A morte e a tragédia.
Hebane: Entre os livros e textos que você já escreveu, qual considera o mais especial?
Thiago: Meu livro: Além do Véu da Morte ele é um pedaço de mim, diferente, sei lá, não tem explicação, é o meu best-seller sem milhões de cópias vendidas.
Hebane: De todas as personagens criadas pela sua pena, qual é a que lhe inspira maior predileção?
Thiago: Abel Odone, protagonista de Além do Véu da Morte.
Hebane: Dos gêneros literários cuja prática você ainda não experimentou, em qual gostaria de se aventurar?
Thiago: Gostaria muito de aprender a escrever crônicas, acho este gênero coisa de nerds da literatura, é outro patamar.
Hebane: Qual(quais) das suas obras você gostaria de ver transformada(s) em filme(s)?
Thiago: Além do Véu da Morte, Florescência ou Renascer, hoje renomeado: Terra Seca.
Hebane: Estudos afirmam que a população brasileira está entre as que menos leem. A seu ver, que providências podem e-ou devem ser tomadas para que o Brasil possa tornar-se um país de leitores?
Thiago: Investimento em literatura e educação. Ler no Brasil é caro e visto como uma obrigação e não um divertimento. É preciso mudar o ponto de vista.
Hebane: Dos eventos a que você assistiu e tem assistido na recente História do Brasil, qual seria digno de um poema, de um conto, de um romance, ou, de uma crônica?
Thiago: Escrevi recentemente sobre tantos temas brasileiríssimos como: Águas do Brasil é um poema que fala dos rios nacionais. Escrevi outras sobre nossos mitos: Iara, vitória-régia, Saci e Tupã, sobre o sertanejo e o seringueiro.
Precisamos salvar nossa cultura e valorizar o que temos.
Hebane: De acordo com suas observações, o que você pode dizer acerca das cenas literária e editorial no Brasil?
Thiago: É um mercado disputado e caro infelizmente, nem sempre o melhor é o que é publicado, mas sim o que paga mais. Todavia, há boas editoras e sérias.
Hebane: Segundo sua opinião, é possível alguém viver de Literatura no Brasil? Se não, o que se deve fazer para que isto se torne possível?
Thiago: Acho impossível no cenário nacional montado. Para mudar: precisaríamos de uma revolução literária e intelectual.
Hebane: Que conselho você dá a quem deseja aventurar-se pelas trilhas da literatura como escritor?
Thiago: Sonhe e não desista nunca, estude, aprenda, escute e leia, pois ser escritor acima de tudo é um ofício de paciência.
Hebane: Muito obrigado pela atenção, pela generosidade, pela paciência e pela gentileza de me ter concedido esta entrevista. Sinto-me imensamente honrado por tê-lo como terceiro entrevistado em meu humilde recanto. Espero poder recebê-lo mais vezes neste modesto espaço.