Relatório de Plano de aula sobre relações raciais nas escolas (Entrevista)

RELATÓRIO DE PLANO DE AULA SOBRE RELAÇÕES RACIAIS NAS ESCOLAS

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

RESUMO:

Saber o que o aluno pensa sobre racismo, discriminação e preconceito racial, faz com que ele ainda mais se sinta mais esclarecido, seguindo por exemplos de como isto pode acontecer, fazendo com que estes alunos esporadicamente, aumente a sua visão sobre estes fatos, tanto do negro brasileiro ou do negro de qualquer parte do planeta terra, intermediando sempre a posição do negro em cada parte do globo terrestre, para dar uma visão e dimensão do que é ser negro pra cada qual sociedade, pelo intuito de convalescer os alunos a estas confrontações.

Entrevistando eles, abrirá um campo de complacências raciais a todos, pela conjuração de quanto melhor estes alunos entenderem sobre o que é ser negro, mais eles saberão identificar o que é ficar no seu lugar.

Já que estes tipos de desmandos são sempre culposos numa sociedade que não enxerga e não aceita todos como de direitos democráticos perante uma cidadania racial em que se tem que ser sempre respeitada.

Neste relatório de plano de aula, farei uma entrevista com três alunos, um ou uma da cor de pele branca, um ou uma da cor de pele negra, e um ou uma parda, que for de minha indicação, a fim de fazer com que estes alunos esclareçam as suas opções, ou caracterização em que eles encontram sobre a sua condição social e racial, no que ele pensa e sente sobre o racismo, discriminação e preconceito racial, se é que ele serviu ou passou por vítima, ou cúmplice de algum acaso ou caso decorrente destes desmandos de concepção, e também de algumas outras perguntas a que almejo as respostas.

No que com isso eu ao escolher alguns dos alunos da cor de pele branca, escura ou parda, optarei pelos por estes aprendizes pelo que exponham mais as suas ideias sobre todos os assuntos ao qual for argüido, também pela sua assiduidade escolar, pontualidade, interesse e presença normal em sala de aula.

Estes alunos na sala de aula, tem a minha escolha por eles sempre representar a turma com as suas ideias, comprometimentos e respostas, interagindo com interesse dentro deste recinto, como nas discussões expositivas, com o maior destaque com relação aos outros alunos desta mesma classe, que fará com que todos outros colegas de turma, prestem mais a atenção nas palestras, expondo ainda mais sobre que aprenderam concentrados no âmbito destas informações discutidas.

Na reforma escolar, a socialização e a racialização, passa pela aprendizagem supondo opiniões como regras de aprendizado.

A relação entre o mestre e o aluno deve se basear em sugestões impessoais ou “suprapessoais” que se aplicam tanto a um quanto ao outro: ela não pode depender do humor do professor, ou de suas afinidades (ou incompatibilidades) com este ou aquele aluno, seguindo um dos fundamentos das disciplinas escolares. (Famílias de camadas populares e a escola: confrontação desigual e modos de socialização – Daniel André Denis Thin – Página 24 – 1° parágrafo)

Isto também visto pelo lado social e também pelo lado racial, ligado a Junção entre este a aquele aluno independente da sua raça ou cor de pele que venha infringir estes anseios de relacionamentos em compêndios, convivências ligados através da leitura, e da discussão em grupo interligados.

Porém esta entrevista será feita perante a todos os alunos, podendo cada um deles colocar as suas indagações como uma melhor e mais viável causa, a complementar as consolidações desta entrevista como também do entrevistado, tirando as suas dúvidas ou colocando algumas mais informações para abrir mais debates.

E dentre destes alunos escolhidos terá o aluno Luis Carlos..., de 14 anos de idade, e da cor de pele negra; Maria Madalena... também de 14 anos de idade, e da cor de pele parda; E Sérgio Carlos... de 15 anos, da cor de pele branca; Que obterão responsabilidades de respostas como representantes intelectual de toda turma, no que as perguntas serão feitas para eles como optativas entre os três, respondendo aquele que saber a resposta, ou se ao caso um de cada vez, cada qual com a sua resposta diferente uma da outra. Podendo os outros alunos ajudar nestas respostas ou assistir prestando a atenção, pelo que for respondido pelos seus colegas de turma que serão entrevistados.

E aí na primeira pergunta digo ao aluno Luis Carlos se ele sabe quem foi Martin Lutter King?

E este aluno nada responde calando em seu silêncio de não saber responder a pergunta. E Eu pergunto aos outros dois alunos entrevistados, no que Maria Madalena se exalta levantando da cadeira, a responder que ele era um negro Norte Americano que lutou pela causa negra em seu país.

E todos outros alunos calados ouviram a resposta da colega, sobre a qual ninguém interpôs a interromper esta resposta ou expondo com alguma dúvida.

No que eu afirmo e reforço a sua resposta colocando um acréscimo da época em que ele vivia pelos anais da década de 1960, firmou com a sua luta contra segregação racial nos Estados Unidos da América, e incrementei falando de algumas, ou muitas de suas atividades em defesa do negro, e em sua luta contra a predominância do ódio da intolerância entres brancos e negros, existente aterrorizante em seu país era a causa de sua revogação,e pelo que ele foi morto.

E na segunda pergunta, eu interrogo sobre o nome dos seus pais, o que eles fazem de ofício profissional, se são brancos, pardos ou negros; E se há indiferença entre eles, numa separação de raças?

No que cada um falou a respeito dos seus familiares, que tem os pais pobres morando em comunidade carentes, mas com realidades de vidas diferentes, como um sendo católico praticante, a outra é evangélica da igreja Messiânica, e por final o outro aluno afirmou que seus familiares alguns são espíritas integrantes do candomblé afro descendente, com herança profunda da hereditariedade religiosa africana.

Pelo que não aconteceu nenhuma divergência preconceituosa, dando a entender que cada um respeita a opção religiosa do outro.

Na terceira pergunta, insisto na interrogação de que eles acham sobre o racismo? Pelo que Luis responde que racismo é quando um cara evita o outro, por não tolerar racialmente, o indivíduo da pele negra, ou de qualquer outra cor de pele ou raça que faz parte do seu repudio.

E prossigo com a aluna Maria Madalena: No que ela me responde que racismo é quando não aceitamos o negro como de igual para igual entre todos os outros indivíduos. E ao último aluno da entrevista dirijo a mesma pergunta, no que ele responde que racismo é quando não vemos o negro como irmão nosso pela mesma cor de pele, carne e osso, etc.

E a turma caiu na gargalhada, achando engraçada a resposta deste último aluno.

Aí eu completo a resposta esclarecendo que racismo acontece quando colocamos uma raça ou cor de pele mais elevada que a outra como só sendo ela como capaz ou aceita pela sociedade.

E eu inquiro se em suas famílias há pessoas de outras raças ou cor de pele? E Luis responde que há sim e que todos vivem bem harmonicamente como uma família unida e feliz, sem nenhuma intercessão racial entre elas, ou mesmo religiosa.

E Maria me responde que a sua família há mais brancos e pardos do que negro, e que nada disto faz a diferença, porque há uma familiaridade grande entre todos, no que ninguém se deixa levar pela influência ruim da separação, pelo fator de sua raça ou cor de pele ser maior ou melhor que uma outra.

Se ela não disse nestas palavras mais quis dizer isto que citei.

E Sérgio responde que vive com a sua mãe desde o seu nascimento, revelando que nem chegou a conhecer o seu pai, que morreu quando ele ainda era um recém nascido, e que era sustentado e criado pelo seu padrasto que sustentava ele, sua mãe, e seus outros dois irmãos ligados por parte da mãe, que depois da morte do seu pai, casou de novo tendo mais dois filhos pardos, porque a minha mãe é clara e meu padrasto é negro, alto, forte e bem bondoso. Mas todos vivem unidos comumente, no que ele considera seu padrasto como um verdadeiro pai.

E que a família da mãe dele a maioria é branca, e que são poucos os pardos e negros, mas que isso nunca fez a diferença na convivência entre todos os familiares.

E aí eu prossigo com a entrevista perguntando se algum deles ouviram falar da Escrava Anastácia, aquela mesma que alguns indivíduos católicos tentaram a canonização lá pela década de1980, e que o Papa João Paulo II, com todo o seu clero, reprovou devido não haver documentos comprobatórios suficientes para a isenção desta consagração. E pelo outro lado, alguns descrevem sobre a sua trajetória devida como exemplo de resistência a todo negro que era cativo, na época do Brasil colonial.

No que Luis respondeu que já ouviu falar, mas que só sabe que ela foi uma escrava suposta mártir no Brasil.

E Maria respondeu que nunca tinha ouvido falar.

E Sérgio revelou que nem sabia que esta Anastácia era uma ex-escrava ou mesmo negra.

Onde toda a turma caiu na gargalhada achando graça na colocação irônica dele.

E Eu expliquei que e escrava Anastácia foi uma escrava que sofreu muito nas mãos dos seus senhores, que judiavam muito dela impondo ela a trabalhos exaustivos e demasiados, e depois a castigos impiedosos que até chegaram a amordaçá-la, e chicoteá-la, até que ela morreu de tanta judiação.

No que aí eu parto para a quarta pergunta, algum de vocês já presenciaram ou já sofreram alguma situação de racismo, discriminação e preconceito racial?

Onde todos responderam quase juntos que não, e que nunca ouviram falar.

E eu ínsito em perguntar que se algum deles pelo fato de oferecer ou ofertar uma coisa de gosto, como de um animal, ou mesmo de imitação pejorativa igual a algum animal irracional, seja ele doméstico ou selvagem dirigido ao negro, ou a qualquer outra cor de pele, ele pode estar usando do racismo? Onde imitar, remedar, incitar, etc. Da maneira em que for empregado estes atos, como talvez de uma brincadeira de mal gosto, de inocente brincadeira ou propositalmente mal intencionada, pode incitar o racismo. E eu explico que o saber brincar, é uma questão de educação e conveniência que interpele naquela mal intenção que alguns colocam sobre a desclassificação ou descaracterização de alguns outros indivíduos que são de cor de pele ou raça colocadas como inferiores pela sua má interpretação de estereotipo, ou de comparações desconsideráveis a animais monstruosos ou de feições horríveis de monstros assombrosos.

No que aí eu pulo para a quinta pergunta no que pergunto sobre, quem sabe quem foi Nelson Mandela?

E a turma toda nada responde... E pergunto em que país ele viveu? No que Eduardo responde que foi na África do Sul.

No que aí eu concluo, Muito bem Aluno Eduardo, esta certa a sua resposta.

E continuo a fala esclarecendo que Nelson Mandela foi um Grande Ativista e político negro da África do Sul, que lutou Bravamente contra a política da Apartheid em seu país, em toda época de domínio Inglês, que estabelecia o poder de dominação, a uma pequena camada de indivíduos brancos sobre uma população da maior parte de negros. Pelo que usufruia da exploração desordenada do seu país, sobre domínios imperialistas que concediam estes seus consensuais direitos sobre suas estadias.

Pois Nelson Mandela por estes motivos, foi preso durante mais de vinte anos, e quando foi solto da prisão, assumiu a presidência da república desta pátria, acirrando ainda mais esta luta, num propósito de unificação racial de todo o povo deste país.

No que Apartheid quer dizer em africâner separação, ou a implantação deum regime estrangeiro sobre as terras deste país da África pelo seu lado Sul.

E todos os alunos ouviram o que eu disse com a maior atenção.

Na sexta pergunta eu questiono sobre quem foi Cruz e Souza?

E Maria diz que este foi um grande poeta negro brasileiro.

E Eu pergunto sobre se só isso que ela sabe? E quem pode dizer mais a respeito? No que Maria nada responde, e o aluno Carlos dos Santos, conclui que Cruz e Souza, foi um escritor filho de escravos alforriados que despontou pelos seus poemas líricos em favor do negro,denunciando as injustiças, ao qual esclarecia e a defendia dizendo que era a sua gente.

E eu complemento dizendo que Cruz e Souza, foi o maior poeta do simbolismo, afirmando as respostas dadas pelos dois alunos Maria e Carlos, que foi o símbolo negro pela sua luta de cidadania racial em sua época, contra a predominância branca sobre a escravidão que infringia o negro em sua estalagem identitária no Brasil.

O aluno Carlos pergunta a mim o que significa a palavra Simbolismo?

No que eu a explico que simbolismo foi um estilo de época, assim como o Romantismo, o Barroco, o Parnasianismo, o Modernismo, etc.

Em que aqui no Brasil, ocorreu quase durante o quase término da escravidão, representado por teóricos, artistas, escultores, pintores, literatos, musicistas, etc. Como uma regra cumprida pelo mundo em que apresentava a sua arte.

E eu concluo que estilo de época é um movimento atuante em uma determinada época por artistas, literatos, escultores, etc. Passando a ser representado por suas obras identificadas pelos seus estilos ligados a atualidades em que viviam.

E Cruz e Souza teve o seu papel de literato sobre a qual liderou este movimento, por ser ele a voz mais alta da poesia escravista no combates a estes acontecimentos.

E eu termino esta pequena entrevista, perguntando a todos os alunos sobre quem sabe quem foi Castro Alves, de classificação como o poeta dos escravos?

A aluna responde dizendo que ele foi um grande poeta da nossa literatura brasileira.

Aí,eu pergunto: Só isso, alguém acrescenta mais alguma coisa?

Onde todos permanecem em silêncio.

E eu concluo: Castro Alves foi um dos maiores poetas do romantismo, e que pela vida desregrada em que levava, teve casos com algumas mulheres negras, assim como com brancas também, pelo que com isso, teoricamente se pôs a defender esta causa, digo teoricamente porque pela prática, ele nunca se posicionou contra o sistema daquela época, em que a escravidão era tida como uma coisa normal. E Castro Alves escreveu este sofrimento do negro escravo em seus poemas, pela qual foi consagrado, como o maior poeta branco a relatar a escravidão na sua forma cruel, e original, tanto que este poeta obteve o título de poeta escravista, pela alusão em que ele descrevia a luta e o sofrimento do negro, que era específico pela servidão imposta pelo seu valioso preço.

E encerrei esta entrevista recebendo palmas dos alunos que gostaram muito deste evento.

Em que alguns perguntaram quando haveria outra desta entrevista?

E respondi que em breve pelo decorrer do curso.

Estes Objetivos foram: Como destacar as diferentes contribuições dos afro-brasileiros nas diversas fases dos movimentos literários. Incentivar as leituras de textos que apresentem personagens negras, sujeitas de seus próprios discursos.

Contribuir para a formação de leitores críticos e reflexivos sobre as questões de discriminações e preconceitos, frequentemente expressas em produções literárias e didáticas. O negro na literatura. Márcia Maria de Jesus Pessanha.

No que persisto perguntando aos alunos se entenderam? No que todos respondem: Entendemos.

E pra finalizar com esta entrevista, Eu pergunto se há racismo entre as relações familiares de todos os alunos presentes, em que todos afirmam que: Não.

Mas ainda sim, estes alunos confirmam entre seus familiares indivíduos de várias cores de pele ou raça, no que a cor de pele não quer dizer ou altera em nada, quando se trata da fraternidade, relacionadas pelo fator de uma família viver em paz harmonicamente, pelo que faz a intervir no apreço uníssono de um pelo outro, tanto pelo pardo, branco, negro, numa só relação contemporizadamente.

Como as relações entre jovens e a sociedade não ocorrem de maneira homogênea em todas as camadas da população, os diferentes modos de exercer a veda, como o escolar, o familiar, o religioso, o lazer, a iniciação profissional, o exercício da sexualidade e todos os demais modos de ação que sustentam os processos formadores das identidades, se desenvolvem de modo desordenado, problemático, sobretudo para aqueles das camadas populares... “O Discurso Possível da Juventude Excluída” Maria das Graças Gonçalves. 2° parágrafo da página 25.

Isto numa turma miscigenada na maior parte alunos que se dizem pardos, seguidos de auto reconhecidos brancos, e depois conseguintes de negros, e muito pouco ou raramente de outras raças, como de amarelos ou mesmo indígenas. CONCLUSÃO

Esta entrevista foi construída ficticiamente pelo fato de se ter uma obra literária deste tipo pra posteridade estudantil, e que refira e instrua o aluno ou outra qualquer pessoa, a saber de como lidar com os alunos através daquilo que talvez os atinjam para melhor esclarecer com estes assuntos de racismo, discriminação e preconceito racial. Em que estes três aspectos sirvam de instrução nas salas de aulas, assim como pra sociedade, com o intuito de combater estes preceitos as circunstâncias de uma construção livre destes acontecimentos, na busca de uma sociedade mais justa racialmente, pra todos os futuristas de uma nova era sem indiferenças de causa sociais e fundamentalmente racial.

BIBLIOGRAFIA:

Oliveira, Yolanda de. Maria das Graças Gonçalves. Tânia Mara Pedroso Muller – (Organizadoras) Cadernos Penesb – Periódico do programa de Educação sobre o negro na Sociedade Brasileira – FEUFF - (N.12) (2013) Rio de Janeiro\Niterói - Ed. ALTERNATIVA\EdUFF\2013.

Sacramento, Mônica. Iolanda de Oliveira. Maria das Graças Gonçalves. Reflexões sobre os “Modos de vida” e a socialização dos jovens negros. Cadernos Penesb – Periódico do programa de Educação sobre o Negro Na Sociedade Brasileira – FEUFF. (N° 11) (2009\2010) Rio de Janeiro\Niterói - Ed. ALTERNATIVA\Ed. EDUFF\2010.

Muller, Maria Lúcia Rodrigues. Lea Pinheiro Paixão. (Organizadoras) EDUCAÇÂO Diferenças e desigualdades. Cuiabá – EdUFMT, 2006.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 15/09/2015
Reeditado em 20/01/2017
Código do texto: T5382520
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