A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA PARA O AUTISTA

Maria José de Melo e Juliana Pereira

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social. As pessoas com o transtorno apresentam padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades, conhecido como o hiperfoco.

O autismo pode ser dividido em três grupos de suporte diferente:

1. Nível 1 – quando o indivíduo precisa de pouco suporte, também chamado de alto funcionamento ou popularmente conhecido como autismo (“leve”);

2. Nível 2 – exige um grau de suporte necessário é razoável e, aqui, ele já precisa de assistência (“moderada”), mas podem ter algum grau de independência, inclusive exercer uma profissão quando adultos;

3. Nível 3 – quando o indivíduo necessita de muito suporte, e é de baixo funcionamento. Essas pessoas precisam de muito suporte nas tarefas do dia-a-dia. Conhecido popularmente como autismo (“severo”).

Sem dúvida, se percebe que o autismo não é uma doença. O tratamento varia muito de pessoa para pessoa. Assim também como o nível de suporte que o (a) autista precisa. A terapia é uma das ferramentas mais importantes e necessárias para o desenvolvimento e o bem-estar da pessoa autista, além da medicação quando preciso for. O sistema de diagnóstico para o autismo sofreu modificações ao longo da última década. Embora, precisamos avançar mais em diversas questões, por exemplo, na identificação das características nas mulheres e população adulta no geral.

O autista apresenta déficit na sua comunicação e uma grande dificuldade na interação social. Na maior parte das nossas vidas sentimos a “sensação de falta de algo para se completar nas nossas relações sociais e afetivas”. Considerando esses elementos, uma pessoa com (TEA) tem muita dificuldade de se comunicar com outras pessoas. Não sabemos dizer nossos gostos, vontades, preferências e tudo aquilo que queremos.

Diante da “incompletude” incompreendida na maior parte da nossa vida, buscaremos refúgios. Para muitos a arte é um mecanismo de refúgio, seja no desenho/ilustração, na pintura, na escrita ou na música. A escrita ajuda de várias formas: “Quando eu escrevo não sinto falta de nada, pelo contrário, tenho habilidade demais para uma pessoa só hahahaha”.

Se comunicar naturalmente é essencial na vida de uma pessoa. As pessoas com (TEA) possui dificuldade na sua comunicação no dia-a-dia. No ambiente externo, principalmente, quando se exigem descrições e relatos às dificuldades aparecerão de forma mais intensa: “Quando escrevi sobre violência sexual, relatando sobre o meu caso, percebi que ter escrito umas 30 páginas, em média na época, sobre o trauma que desenvolvi. E tudo aquilo que ele afetou na minha vida, me auxiliou na hora de relatar ao psicólogo a necessidade que tinha de receber, urgentemente, naquele momento o acompanhamento profissional”.

Desse modo, para ajudar e estimular outras pessoas no seu processo de busca pelo autoconhecimento, através da escrita, assim, como nos ajudou em nosso processo de descoberta. Elaboramos uma entrevista com (perguntas e respostas) sobre a escrita e o autismo. Apresentamos exatamente como a escrita nos ajudou a entender quem somos? Relatamos os caminhos e as descobertas que tivemos em nossos processos para ir à busca do diagnóstico (TEA).

Material produzido em formas de vídeos também. Nos nossos canais do Instagram, TikTok e YouTube:

Pode ser conferido nos ( https://linktr.ee/mariademelo08 ) - Maria José de Melo.

Pode ser conferido nos ( https://linkr.bio/sousimplesmentejuliana ) - Juliana Pereira.

Att.

Maria José de Melo e Juliana Pereira