Benefício da Terapia – I e II
PARTE I
Com o intuito de, esclarecer a importância da terapia na vida de uma pessoa, quero deixar aqui o meu relato pessoal. Inegavelmente, passei por momentos ruins após sair de uma seção de terapia, e isso é normal para o processo terapêutico.
Agora, no dia 15 de junho, não me senti bem durante a seção, devido à mudança repentina de profissional. A troca em cima da hora retirou o meu equilíbrio. Na hora não consegui dizer, que estava mal por está com outra pessoa, ali na minha frente. Não, é algo fácil de falar, também. Além de ter dificuldade de aceitar mudanças de última hora. Senti um amontoado de sensações e emoções, gerando, consequentemente, uma vulnerabilidade, que terminou em choro. Não era culpa da condução da profissional, que estava ali comigo. A dificuldade foi minha.
Um questionamento a fazer diante do ocorrido: Até que ponto estou preparada para suportar mudança drástica? Algumas pessoas avaliaram que a situação proporciona a avaliação do meu próprio processo e grau de suporte no espectro do autismo.
Assim, o luto foi inevitável, foram 3 dias para processar a informação e entender o que faço de agora em diante. Saber de uma condição me faz suspender algumas situações sem culpa. Antes o sofrimento era maior por falta de conhecimento sobre mim mesma. Agora, sei que existem condições que faz parte de mim. Diante de uma dificuldade sempre encontrarei uma resposta. Embora, ela seja lenta.
A escrita é a arma terapêutica mais rápida e refinada que tenho.
PARTE I
Do mesmo modo, que a terapia leva ao autoconhecimento, testando nossas potencialidades no dia-a-dia. Ela testa a nossa vulnerabilidade também. Assim, vamos descobrindo quem somos?
Surpreendentemente, uma mudança drástica sempre trouxe prejuízos para a minha vida. Na situação do dia 15 de junho, são 2 condições que precisam ser avaliadas: o imprevisível (mudança drástica) me deixa sem chão; o grau de alexitimia (dificuldade de expressar emoções e sentimentos) aumenta quando fico vulnerável diante da mudança repentina. A crise de choro é o primeiro sinal do desequilíbrio.
Um detalhe: o processo terapêutico possibilitou ver eu mesma. Tanto o psicólogo, como eu, somos dedicados e focados. Isso refletiu no avanço do meu processo de autoconhecimento. Inclusive, comecei a viver melhor. De repente, não vê ele ali, veio à sensação de abandono, insegurança e de vulnerabilidade.
Diante da situação tenho alguns questionamentos: O que me deixa vulnerável? Qual é o nível de suporte? O que me faz voltar ao estado de equilíbrio?
Logo percebi que as coisas desabaram e eu precisava encontrar formas de sair do estado de desequilíbrio. Quais foram às saídas que encontrei para relaxar o cérebro? Caminhar em linha reta; conversar com uma amiga, ouvir as mesmas músicas repetitivamente e escrever no papel (diário). Essas foram formas que encontrei para solucionar a situação.
Desse modo, pude entender que respeitar o meu tempo é importante para a recuperação. A fuga não é a solução. Nunca será. Saber cair é necessário para aceitarmos quem somos. Assim, o mais importante sempre é o aprendizado diante do desafio novo.