O Monstro Invisível
Era um tempo muito diferente de todos os outros. Havia um nevoeiro de medo que estava sobre todo o Planeta Azul.
Nosso colorido mundo azul, estava coberto de um cinza muito tenebroso.
E não existia nenhum lugar seguro. Esse assombroso mostro proibia qualquer contato humano de amor. A morte era autorizada a levar com ela todos aqueles que quebravam essas regras. Eram poucos os que conseguiam escapar. Por longos dias, as pessoas ficaram em suas casas, longe de seus queridos amigos, e de suas atividades profissionais.
Pequenos valores que expressavam sentimentos de amor, já não podiam ser expressados como: abraços, beijos, apertos de mãos e proximidades.
As informações que chegavam eram assustadoras, e aqueles intitulados guardiões dos moradores daquele planeta, foram um a um destruído pelos os monstros da vaidade, avareza, ganancia entre outros...
Houve uma imensa sensação de abandono e solidão. Muitos morreram, e rios de lágrimas corriam pelo planeta. Estranhos, próximos, idosos , jovens e crianças eram levados de seus familiares sem o direito de um simples toque de amor.
Era uma verdadeira guerra, onde os verdadeiro heróis não usavam armas de fogo, e o inimigo era totalmente invisível.
Os heróis eram também pessoas comuns, e ariscavam suas vidas por amor a outras vidas. Cientistas buscavam um bem comum, o planeta estava sangrando. A economia começou a falhar, não havia como escapar. A fé de todos foi provada, diante de tantas tribulações.
O Planeta teve que se reinventar.
Agora o que mais se tinha era tempo, longos dias em casa com os familiares de convívio diário.
Gestos de amor, ultrapassaram as barreiras do contato físico. locais de trabalho foram alterados. Agora parecia fazer sentido para a denominada nata da sociedade as suas Mansões luxuosas. Enquanto os menos favorecidos sobreviviam em seus pequenos e simplórios lares para não dizer casebres.
Com o tempo o sentimento denominado : Medo, passou a fazer parte da rotina de uma parcela da população que forma alguma poderia parar.
A solução ? horas parecia perto, entretanto em alguns momentos, muito distante.
Enfim termino nessas muitas linhas, sem realmente relatar todo o acontecido, pois entendo que para muitos, isso tudo já deveria ter acabado. Por vezes pressenti que a morte olhava também para mim, e vi o quanto pequena eu sou. Muitas histórias tristes eu escutei de pessoas que nunca conheci, mas mesmo assim deplorei. Para mim que sou apenas um grão de areia neste universo de pequenos grãos, eu acredito nesta força maior ao qual conheço chamado de Deus, não como um ser covarde, mas como ser que pensa, e entende e sente que Ele existe. Desejo que as marcas que ficaram sejam lembranças de um tempo que passou, ao qual Deus nos ensinou a amar diferente, mas nunca deixar de amar.