registre-se.

eu não sei se deveria estar usando aqui, mas como já sabem, registro nos meus autos, lágrimas em letras que vertem não sei de onde.

também não tenho nenhuma pretensão de chegar à alguém, muito menos ao coração alheio. e nem que tenha alguma importância o que sai de meus devaneios.

mal sei se estes chega à mim de alguma forma.

mas, ainda assim, não há como conter o que rumino na mente, o que brota de algum lugar tão desconhecido e tão presente ao mesmo tempo.

e não há como represar por muito tempo essa avalanche.

por outro lado a mesma ladainha. então pode ser que não seja ladainha e sim algo recorrente, que reafirmo, da mesma maneira, para me entender, que é preciso colocar nestes autos, pois em algum lugar as letras tem que despencar.

e acho, que as letras, as palavras não devem ser vãs, não devem ser escondidas. sinto que elas querem existir e desejam ser lançadas ao vento, escritas e registradas para que sempre possam ter a oportunidade de serem reavivadas.

na verdade, tudo neste plano deseja ser reavivado, ter algum sentido, algum significado, estar pertencente à dinâmica que rege à existência das coisas.

assim são as palavras, as letras, os códigos e os símbolos que trazemos conosco.

eles clamam por se fazer existir, pelo maior tempo que conseguirem replicar e ter seus elementos absorvidos e com isto vigorando de alguma forma.

tudo quer ter seu vigor, sua força, sua presença marcada no tempo e espaço.

o tempo é o agora, o espaço se faz em meus autos, para as palavras que brotam violentamente, desejosas de impregnarem em algum lugar que se façam registradas, que por acaso encontrei este espaço, que ao mesmo tempo se faz meu, é compartilhado à quem de interesse, curiosidade, ou quaisquer outros motivos se achegarem e quiserem as acompanhar. vitalizando assim as palavras.

e assim de palavras em palavras. de espaços em espaços, de tempos em tempos, assim como em meus autos, outros espaços, com tantas outras palavras, que são palavras repetidas muitas das vezes, tomam sua dimensão própria e sua própria identidade.

e as palavras apesar de serem as mesmas, usadas em combinações as mais diversas, nunca são as mesmas palavras e tomam a forma e conotação as mais variadas e mais diversas, dizendo muito da origem de onde brotaram.

e dão margens à tantas e mais diversas interpretações, ainda que para cada palavra há um significado específico, uma simbologia que está agregada à si.

mas as palavras tomam sua própria dimensão e direcionamento, nas mais diversas variações que são colocadas, ainda que sejam as mesmas pareçam idênticas nas suas formas.

sei lá!?

mas seja como for, meus devaneios sempre.

devaneios em símbolos gráficos, grafados digitalmente, que são tão fugazes e tão pertencentes há uma dinâmica e um mundo virtualmente verdadeiro, aquém de nossos desejos.

registre-se em meus autos.

jo santo

zilá

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 11/04/2021
Código do texto: T7228995
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